O Ministério da Agricultura liberou o registro de um novo fungicida microbiológico. O produto é formulado com o fungo Trichoderma afroharzianum, inédito no mercado brasileiro. Fruto de dez anos de pesquisa, foi desenvolvido na Argentina e age em doenças de solo e semente em culturas como soja, trigo, milho e arroz.
É considerado a 3ª geração de produtos biológicos, pois é produzido na forma líquida. Sua formulação fluída garante uma maior aplicabilidade no tratamento de sementes de uma forma geral, além disso, permite que as células fúngicas sejam mais estáveis e com maior poder fungicida, o que significa maior proteção no campo. Desta maneira, atua mais rápido colonizando a raiz da planta, que terá a produção de metabolitos secundários, entre eles os antibióticos, que vão inibir ou matar outros fungos, além de produzir fito hormônios, que são responsáveis pelo crescimento e metabolismo vegetal.
O biofungicida recebe o nome comercial de Rizoderma e foi desenvolvido pela Rizobacter. “De maneira didática, o produto consegue fazer com que a planta cresça mais rápido, de forma protegida e produzindo na raiz mais ácidos orgânicos. Esses, por sua vez, disponibilizam nutrientes que são absorvidos do solo”, destaca Lucas Lopes, gerente de produto da linha de Controle Biológico e Tratamento de Sementes e Grãos.
Combina múltiplos mecanismos de ação que naturalmente previnem e retardam as possibilidades de desenvolvimento e ataque de patógenos. As biomoléculas produzidas são absorvidas e ativam os mecanismos fisiológicos e bioquímicos de defesa na planta e, assim, dão maior tempo de proteção durante todas as fases de crescimento da cultura. Outro diferencial é o fungo já estar ativo dentro da embalagem. Uma vez aplicado, já entra em ação e consegue uma maior eficiência e melhores resultados comparados com os produtos em que o fungo está inativo.
O produto foi testado no controle de múltiplas doenças de sementes e solo, como Sclerotinia sclerotiorum (mofo branco), macrophomina, fusarium, rizoctonia, que afetam a germinação e o desenvolvimento inicial de culturas como milho, soja e trigo. “Graças ao processo de fermentação líquida de alta qualidade, pode ser aplicado com mais de 90 dias de antecedência na semente”, finaliza Lopes.
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