Segundo dados apurados pelo Consórcio Antiferrugem, da Embrapa Soja, a safra 2021/22 de soja já tem 67 casos identiicados de Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi). A maior parte dos casos é registrada em Goiás, com 17 registros. Na sequência vem o Mato Grosso, com 13 e a Bahia com 8 ocorrências. Nas lavouras goianas os municípios de Montividiu e Rio Verde têm seis casos cada. O perfil é de soja plantada na 1ª e 2ª quinzena de outubro, no estádio R5.
Lesão RB (marrom-avermelhado) característica em cultivar de soja com gene(s) de resistência à ferrugem-asiática. Foto: Rafael Morais Soares.
Ainda aparecem na lista Paraná (7), Tocantins (5), Piauí e São Paulo (4 casos cada), Maranhão e Mato Grosso do Sul (3 casos cada), Minas Gerais (2) e Roraima (1). A maioria dos casos está concentrada no estádio R5 da cultura (41 deles). Essa fase corresponde a vagens com sementes com 76% a 100% de granação em um dos quatro últimos nós da haste principal, com folha completamente desenvolvida. O restante dos casos se concentram em estádios ainda mais avançados como o R6 (12 casos) e R7 (10 casos).
No Rio Grande do Sul, a estiagem que deixa o solo extremamente seco fez com que não houvesse nenhum registro até o momento. Na safra 2020/21 o estado foi o campeão com 138 dos 377 casos. De acordo com o Programa Monitora Ferrugem RS no período de 17 a 24 de janeiro houve predominância de esporos da ferrugem asiática da soja nas regiões Central e Noroeste do estado. A detecção de esporos é um indicativo da presença do patógeno no ambiente, e nestes locais recomenda-se aos técnicos e aos produtores observância das condições climáticas para o manejo da ferrugem.
As condições ótimas de temperatura para o processo de infecção são entre 18°C e 25°C, umidade relativa do ar acima de 75% e, no mínimo, seis horas molhamento folhar. Condições extremas de temperatura, abaixo de 10°C ou acima de 26°C, podem afetar a germinação dos esporos. Nessas condições, o período de molhamento requerido, é acima de 10 horas.
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