O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022, com base nas informações atualizadas de junho, atinge R$ 1,241 trilhão, valor 1,6% acima do obtido em 2021 (R$ 1,222 trilhão). As lavouras, com faturamento de R$ 875,50 bilhões em comparação com R$ 831,898 bilhões no ano passado, foram as principais responsáveis pelo crescimento do VBP, e apresentaram crescimento real de 5,2%.
As informações são do Ministério da Agricultura. Segundo o governo, as lavouras têm participação de 70% no VBP, enquanto a pecuária corresponde a 30%.
A pecuária teve uma retração de 6,2%, e seu valor é de R$ 365,710 bilhões ante R$ 389,881 bilhões em 2021. “Pode-se atribuir esta redução do valor da pecuária à queda dos preços internos que têm-se mostrado acentuada, principalmente para suínos, bovinos e frangos”, explicou o ministério.
O melhor desempenho do VBP ocorreu em soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão. Esses são os mais bem classificados entre os produtos analisados.Os preços têm sido decisivos para esses resultados, segundo o governo. Representam 59,4% do VBP total. A esses, somam-se outros, cujo destaque se deve à elevação do VBP, embora os valores absolutos não sejam tão expressivos. Este conjunto é representado por banana, batata-inglesa, feijão, tomate e trigo, que têm peso relevante no IPCA.
Um grupo pequeno de produtos, formado por arroz, cacau, laranja, uva e soja, teve retração do valor da produção, em virtude de preços mais baixos. Entretanto, para alguns desses, como soja e arroz, a redução se deve à seca, que atingiu Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. Como tem sido mostrado em relatórios anteriores, o VBP regional é liderado por cinco Estados: Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, que contribuem com 63% do VBP nacional.