13° salário vai movimentar economia em 291 bilhões no país

De acordo com estimativa do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), até dezembro de 2023, o pagamento do 13º salário tem o potencial de injetar na economia brasileira cerca de R$ 291 bilhões.

Este montante representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de
pensão da União e dos estados e municípios.

Cerca de 87,7 milhões de brasileiros serão beneficiados com o rendimento adicional, desses, 53,8 milhões, ou 69,2% do total, são trabalhadores do mercado formal, entre eles, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada, que somam 1,5 milhão, equivalendo a 1,7% do conjunto de beneficiários.

Do montante a ser pago como 13º, cerca de R$ 201,6 bilhões, ou 69% do total, irão para os
empregados formais, incluindo os trabalhadores domésticos, os outros 31% cerca de R$ 89,8 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas.

A parcela mais expressiva do 13º salário (50%) deve ser paga nos estados do Sudeste, região
com a maior capacidade econômica do país e que concentra a maioria dos empregos formais e aposentados e pensionistas.

No Sul devem ser pagos 17% do montante e no Nordeste, 15,7%. Já às regiões Centro-Oeste e Norte cabem, respectivamente, 8,8% e 5%. Importante registrar que os beneficiários do Regime Próprio da União receberão 4% do montante e podem estar em qualquer região do país.

O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 5.400) e o menor, no
Maranhão e Piauí (R$ 2.087 e R$ 2.091, respectivamente).

Para os assalariados formais dos setores público e privado, que correspondem a 52,3 milhões de trabalhadores, excluídos os empregados domésticos, a estimativa é de que R$ 199 bilhões serão pagos a título de 13º salário, até o final do ano.

Mato Grosso do Sul

O volume estimado de recursos vindos do 13° salário, que irão circular na economia em Mato
Grosso do Sul em 2023, deve ser de R$ 3.777.837.346,92. Houve uma variação de 19% na comparação com 2022, com um acréscimo de R$ 592.186.318,56.

A soma dos beneficiários do mercado formal, até o período de levantamento destes dados,
compreende a 793.932 pessoas, aumento em 37.214 na comparação com o ano anterior.

Este contingente de trabalhadores representa 70,5% do total de beneficiários do estado.

Entre os Assalariados dos Setores Público e Privado observou-se acréscimo de 42.214
trabalhadores ao longo de um ano.

O rendimento médio desses dois grupos somados foi de R$ 3.584,93, variação de 17,9% na comparação com 2022.

Como toda essa movimentação na economia, o JD1 Notícias conversou com algumas pessoas para saber como vão utilizar o dinheiro.

O psicólogo Paulo Freedman, costuma usar esse salário extra para investir. “Todo ano eu invisto em fundos de investimento para guardar para alguns sonhos pessoais”, comenta.

Já a servidora pública Cláudia Pires, vai utilizar o 13° salário para dar um “upgrade” no celular. “Meu celular é de 2019, vou aproveitar para comprar um novo”, comemora.

Há quem aproveita para fazer de tudo um pouco. “A princípio vou pagar seguro do carro, IPVA, investir um pouco e se sobrar comprar algumas coisas de natal”, diz Vanessa Scaquete, servidora pública.

Já Rita Martins, também servidora pública, vai pagar as contas. “Eu tenho uma filha que faz aniversário esse mês, estou gestante e como já fiz algumas compras para minhas filhas, no cartão de crédito , vou aproveitar para pagar essas contas excedentes”.

Para o cálculo do impacto do pagamento do 13º salário, o DIEESE não leva em conta autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de
trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, uma vez que não há dados disponíveis sobre esses proventos.

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