Caso essa previsão se concretize, representaria um aumento de mais de 5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, aproximando-se dos valores registrados em fevereiro (74.703 MWm) e março (75.759 MWm) deste ano.
O ONS também destacou que o calor intenso não se limita apenas à segunda metade de setembro, pois, nos meses de agosto e início de setembro, as temperaturas já estavam acima da média histórica em todas as capitais do Brasil.
Quando questionado sobre se essa onda de calor exigiria ajustes nas operações do sistema elétrico, o ONS afirmou que a situação já estava prevista em seus modelos preditivos, que embasam as decisões sobre a operação das usinas de geração e da transmissão de energia. O órgão ressaltou que o Sistema Interligado Nacional (SIN) possui uma capacidade instalada de geração robusta, juntamente com um sistema de transmissão eficiente, que pode atender plenamente ao aumento da demanda.
Nos últimos anos, o consumo de energia no Brasil tem aumentado a taxas moderadas, principalmente devido ao comportamento da atividade econômica. Isso, combinado com o aumento significativo da capacidade de geração de energia, com a entrada em operação de várias usinas renováveis, resultou em um cenário de excedente de energia no país.
Para 2023, a expectativa é que a carga de energia cresça 3,5% em relação ao ano anterior, de acordo com a previsão mais recente elaborada pelo ONS, Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
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