Copa do Mundo deve alavancar vendas em R$ 1,48 bilhões

A projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada na quinta-feira (6), estima que as vendas relacionadas diretamente à Copa do Mundo de 2022, que ocorre a partir de 20 de novembro, impulsionem as vendas em R$ 1,48 bilhão no comércio e serviços.

Se comparado ao volume da Copa 2018, o percentual é 7,9%  maior do que o registrado há quatro anos de R$ 1,37 bi. A maior projeção de vendas está no ramo de móveis e eletrodomésticos, registrando R$ 544,5 milhões, seguido dos eletroeletrônicos e artigos pessoais, com R$ 332,6 milhões.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, apesar de a taxa média de juros atual das operações com recursos livres aos consumidores estar mais elevada agora, de 53,93% ao ano, do que em abril de 2018, quando era de 56,27% ao ano, a taxa de câmbio do dólar em relação ao real variou negativamente 7,8% desde o início do ano. “A Copa do Mundo vem depois de um período de pandemia que trouxe reflexos profundos ao varejo, que está retomando os volumes de venda e, nesse sentido, esse crescimento deve ser comemorado”, afirma o presidente.

Em setembro, houve aumento de 6,7% na pesquisa por smart TVs em lojas on-line, em comparação com agosto. Antes do campeonato de 2014, realizado no Brasil, as buscas foram 6,3% maiores e, em 2018, cresceram 5,3%. Um dos fatores apontados pelo economista da CNC responsável pela apuração, Fabio Bentes, é que os consumidores pensam em aproveitar a queda dos preços desses equipamentos que, segundo o IPCA, reduziram 3,2% de janeiro a agosto deste ano. “A busca na internet costuma acelerar três meses antes do Mundial e, neste ano, como o campeonato será realizado a menos de uma semana da Black Friday, as compras devem ocorrer mais perto do próprio evento”, avalia Bentes.

 

 

cnc

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