Como se já não bastasse inflação alta, dólar a quase R$ 5,00, juros galopante, combustível a beira de inviabilizar a locomoção das pessoas, o cidadão sul-mato-grossense pode — e deve — se deparar com mais um golpe no bolso, que parece estar cada vez mais furado. Isso porque até semana que vem, fim de março, devem ser apresentadas pela concessionária de distribuição, Energisa, as informações detalhadas da proposta de reajuste da tarifa de energia elétrica no Estado.
A expectativa, segundo o Concen-MS (Conselho de Consumidores da Área de Concessão de Energia), não é boa. Ainda não há como ter certeza, mas como o reajuste da energia leva em conta o IGP-M (Índice Geral de Preços), e este está com acumulado de 16,91% em 12 meses, o aumento em Mato Grosso do Sul deve girar em torno desse número.
Outro fato que leva o Conselho a crer num reajuste dessa magnitude é a comparação com outros estados que homologaram aumentos recentemente, como é o caso do Rio de Janeiro. A Light, concessionária carioca, há poucos dias, deu 17,89% de reajuste. Em 2021, o percentual estabelecido em Mato Grosso do Sul foi de 8,9%.
“O problema do reajuste é o contrato que vai até 2027. O conselho tem desempenhado esforços, mas o problema é na correção financeira aferida pelo IGP-M, suscetível ao dólar, quando na verdade, o correto seria pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)”, afirmou a presidente do Concen, Rosimeire Cecília da Costa.
mdx