Energisa reduz investimento em 26%, mas lucro sobe 9,4% e bate recorde de R$ 609 mi em 2023

A Energisa de Mato Grosso do Sul contabilizou lucro de R$ 609 milhões no ano passado, aumento de 9,4% em relação a 2022 e quebrou o recorde registrado em 2021. Contudo, a concessionária reduziu os investimentos em, 26,6%, de R$ 832,9 milhões para R$ 611,7 milhões no ano passado, segundo o balanço da companhia registrado em 2023.

Conforme o balanço, o faturamento bruto da Energisa teve aumento de 4,8% em 2023, quando atingiu R$ 6,075 bilhões, contra R$ 5,929 bilhões no ano anterior. A venda de enrgia teve alta de 3,1%, passando de R$ 5,752 bilhões para R$ 5,929 bilhões.

Dois fatores contribuíram para o crescimento da receita da companhia, o reajuste de 9,3% na tarifa, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica em abril de 2023, e a onda recorde de calor, que elevou o consumo, principalmente, o residencial. Apenas no 4º trimestre de 2023, o aumento no consumo foi de 26,9%, saltando de 492,1 para 624,6 GWh.

A concessionária teve lucro de R$ 609 milhões em 2023, aumento de 9,4% em relação aos R$ 556,8 milhões registrados em 2022. O valor quebrou o recorde anterior, de R$ 601,4 milhões (sem correção pela inflação) registrado em 2021.

O lucro da Energisa

  • 2021 – R$ 601 milhões
  • 2022 – R$ 556,8 milhões
  • 2023 – R$ 609 milhões

Graças ao Programa Desenrola, lançado pelo Governo Lula para facilitar a negociação dos débitos, houve queda na inadimplência, de 1,50%, registrado em dezembro de 2022, para 0,90% no final do ano passado. O índice já é baixo considerando se tratar de serviço essencial e da política da empresa de, além de cortar o fornecimento de energia, enviar o nome do consumidor para protesto a partir do 5º dia de atraso.

Para o presidente do Sinergia-MS (Sindicato dos Trabalhadores), Elvio Vargas, a concessão vence em 2027, mas o Ministério das Minas e Energia trabalha pela renovação automática por mais 33 anos, sem qualquer debate com a sociedade. Ele disse que para o grupo, que controla um quarto das concessões feitas nos anos 90, será um bom negócio, principalmente, pelo lucro extraordinário registrado nos últimos anos no Estado, que beira a meio bilhão de reais.

Presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas defende um debate maior na renovaçaõ da concessão (Foto: Arquivo)

oj

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