A indefinição sobre o futuro do PSDB está atrapalhando a vida de deputados e pré-candidatos à reeleição para deputado no próximo ano em Mato Grosso do Sul. O diretório nacional acabou travando as negociações e, no momento, a alternativa mais viável é justamente a criticada por lideranças do Estado.
O Podemos já aceitou fazer uma fusão com o PSDB, mas aguarda resposta de lideranças tucanas. No estado, a maioria das lideranças tucanas é contra, porque entende que pouco mudará no tamanho do partido, já que as duas siglas são consideradas pequenas.
Apesar da oposição, uma possível fusão pode acabar ajudando quem está de olho na janela para deixar o partido. É o caso dos deputados estaduais federais e, principalmente, vereadores.
Se aprovada a federação, caminho mais provável hoje, os deputados não poderão trocar de partido. Para isso, terão que esperar a janela partidária que será aberta em março do próximo ano.
Uma possível fusão com o Podemos, pode ajudar principalmente os vereadores, que teriam carta branca para mudar de sigla e acompanhar Eduardo Riedel (PSDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) para o novo destino, a ser definido.
Prefeitos, assim como Eduardo Riedel, podem deixar o mandato a qualquer momento, porque os votos são considerados dos candidatos e não de partidos, como é o caso de vereadores e deputados.
Embora falte mais de um ano para a eleição, pré-candidatos já avaliam as possibilidade de troca de partido, fundamental para avaliar as chances de vitória.
O grupo ligado ao PSDB local aguarda decisão deles para mudarem de legenda, preferencialmente para uma das aliadas ao grupo. Riedel e Reinaldo já conversaram com lideranças nacionais do Republicanos, PSD e do próprio Podemos, mas ainda aguardam decisão do diretório nacional, que deve sair no final deste mês, segundo prometido pelo presidente nacional, Marconi Perillo (PSDB).
Reinaldo Azambuja tem uma situação mais complicada do que Riedel. Embora não tenha mandato e possa trocar de sigla a qualquer momento, ele fez uma promessa a Jair Bolsonaro (PL) de filiação ao PL e o partido do ex-presidente também aguarda definição dele para caminhar no Estado.
ims