A estiagem e escassez de matéria prima fecharam as tendências para a carne vermelha até dezembro de 2021, e o preço do produto deve ter uma nova alta neste quadrimestre do ano. A confirmação foi feita pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sicadems) Regis Comarella.
Para o consumidor, o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aponta que o preço da carne bovina subiu 59,15% em um ano em Mato Grosso do Sul. Para Comarella, isso está atrelado a estiagem e escassez de matéria prima. “O consumo interno de carne hoje caiu muito por causa do poder aquisitivo, não só em Mato Grosso do Sul. Estamos com uma enorme demanda de matéria prima que hoje é o boi gordo que está confinado, por isso prevejo um cenário complicado nos próximos meses”, afirma.
A relação entre os mercados interno e externo colocam a prova não só o consumidor, mas também os pequenos frigoríficos. De acordo com o presidente, essas pequenas unidades que geralmente tem controle sobre o mercado interno, enfrentam um mercado mais rigoroso quando colocado frente a outras praças assim dominam os preço dos grandes centros.
“Os pequenos geralmente trabalham mais no Estado e conseguem uma margem para sobreviver. Agora lógico que as exportações e você cria dificuldades, porque o grande tá exportando o dólar está alto e ele está pagando mais na arroba, isso dificulta a vida do pequeno”, finaliza.
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