Em pronunciamento na noite deste domingo, a Liga Forte Futebol Brasil (LFF) solicitou uma reunião com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, para tratar sobre a criação de uma nova liga, já que tem negociações avançadas com novos investidores. O mandatário está no Catar, acompanhando a Copa do Mundo, e deve retornar ao país apenas após o término do torneio.
“A Liga Forte Futebol está animada com o elevado nível de interesse dos investidores pela criação da liga através das premissas que a LFF julga aderentes a um melhor produto. Através de processo sendo conduzido pela XP, a LFF espera trazer novidades nas próximas semanas”, revelou a Liga Forte através do comunicado.
A publicação foi compartilhada nas redes sociais de vários clubes integrantes da Liga Forte, a exemplo de Fluminense, Athletico, Avaí, Atlético-GO, Coritiba e Chapecoense. Fazem parte do grupo também: América-MG, Atlético-MG, Brusque, Ceará, CRB, Criciúma, CSA, Cuiabá, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sampaio Corrêa, Sport, Tombense e Vila Nova.
“Em paralelo, a LFF está discutindo um formato de divisão equilibrada entre os clubes dos recursos do investidor que garanta recursos para as Séries A e B, incluindo clubes com histórico na Série B que hoje estão na Série C. E por fim, os clubes da Liga Forte Futebol (LFF) decidiram solicitar uma agenda com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, na sua volta ao Brasil, após a Copa do Mundo, para tratar de diversos assuntos referentes ao futebol brasileiro”, encerrou o comunicado.
Dentre as propostas recebidas e estudadas, a que mais agrada é a fórmula similar a do Campeonato Inglês, que, na visão dos clubes, tem uma distribuição mais equilibrada de arrecadação.
A divisão das cotas de TV, em especial do pay-per-view (PPV), pago pela Globo, é considerado o principal entrave para a criação de uma liga unificada. Enquanto o Flamengo recebe R$ 160 milhões por contrato, e o Corinthians R$ 110 milhões, clubes como Fortaleza, que disputou a edição atual da Libertadores, aparecem na parte debaixo desta tabela, com apenas R$ 2,8 milhões.
A formação da LFF surgiu em oposição à Libra, cujo a proposta para a divisão das receitas não agradou a maior parte dos clubes que participam atualmente das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Ela propõe uma divisão de receitas em que 40% seja feita de forma igualitária, 30% por desempenho e outros 30% por audiência e engajamento – sem critérios muito claros quanto a isso. Já a LFF defende que o montante seja dividido em 45%, 25% e 30%, respectivamente.
A Libra é formada por Botafogo, Cruzeiro, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo e Vasco. As equipes do bloco não se manifestaram após a ação desta quinta-feira.
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