Ministério Público denuncia Marquinhos Trad por crimes sexuais

O advogado, ex-prefeito e candidato ao governo derrotado nas últimas eleições, Marcos Marcello Trad, o Marquinhos Trad, foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul pela prática de crimes de assédio sexual, importunação sexual e favorecimento à prostituição ou outra forma de exploração sexual.

O empresário André Luiz dos Santos, o André Patrola, também foi denunciado pela prática de favorecimento à prostituição na mesma denúncia, ajuizada nesta terça-feira, 8, pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

Conforme o documento assinado pelo promotor de Justiça Alexandre Pinto Capiberibe Saldanha, Marquinhos Trad teria praticado os crimes contra sete mulheres, e André Patrola, contra outras três.

Pelo crime de assédio sexual, Marquinhos Trad foi denunciado uma única vez. Pelos crimes de importunação sexual contra outras três vítimas, e pelo favorecimento à prostituição, contra outras três vítimas.

Patrola teria praticado o favorecimento à prostituição contra outras três vítimas. Entre essas, duas também foram vítimas de Marquinhos Trad.

Marquinhos agora está sujeito a uma pena que varia de 1 a 2 anos de prisão para o crime de assédio sexual, de 2 a 5 anos de prisão pelos crimes de importunação sexual (praticada três vezes), e de 2 a 5 anos (praticada três vezes) por favorecimento à prostituição.

Patrola, se condenado pelas três acusações de favorecimento à prostituição, estaria sujeito a uma pena que varia de 2 a 5 anos de prisão.

A denúncia foi distribuída, por prevenção, à 3ª Vara Criminal. Cabe agora ao Judiciário decidir se os acusados tornam-se réus ou não.

CRIMES

De acordo com a denúncia encaminhada ao judiciário, as sete vítimas do ex-prefeito foram atraídas para o gabinete de Marquinhos na sede da Prefeitura sobre o pretexto de tratarem sobre assuntos referentes a vagas de empregos ou até mesmo sobre melhorias que moradores reivindicavam para seus bairros.

Outro meio bastante usado para abordar as vítimas eram as mensagens por meio do WhatsApp, sendo que as vítimas acabavam passando o contato particular delas na intenção de tratar sobre assuntos profissionais e possíveis vagas de emprego.

No entanto, as vítimas são unânimes ao afirmar que quando encontravam com o ex-prefeito a conversa sempre era conduzida por ele para assuntos de cunho sexual.

A mesma postura era adotada por Marquinhos quando conversava com as vítimas por meio de mensagens, sendo que ele sempre encontrava algum modo de levar o assunto para caminhos mais sexuais e insinuantes.

A investigação ainda apontou que o o ex-chefe do Executivo chegou a usar vagas do Programa de Inclusão Profissional (Proinc) como moeda de troca para conseguir assediar e abusar das vítimas.

Sobre a atuação do empresário André Luiz dos Santos, conhecido como André Patrola, a polícia apurou que ele convidou coercitivamente, duas mulheres que foram vítimas de Marquinhos e uma outra mulher para que comparecessem a uma festa no interior de Mato Grosso do Sul.

Após a festa que, segundo as vítimas tinha muita droga, bebidas e profissionais do sexo, as três receberam a quantia de R$ 1.000,00, já que haviam mantido relações sexuais com outros convidados da festa.

Assim, André Luiz também foi denunciado por favorecimento à prostituição ou outro tipo de exploração sexual.

 

 

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