Mato Grosso do Sul está enfrentando uma séria situação de seca, resultado da atuação de um bloqueio atmosférico que tem persistido na região.
De acordo com dados do Merge/Inpe, a maioria do Estado já passou mais de 30 dias sem chuvas significativas, com alguns municípios, como Porto Murtinho, Sonora e Bataguassu, ultrapassando 32 dias sem qualquer ocorrência de precipitação acima de 1 mm.
As informações meteorológicas obtidas através de estações do Inmet mostram que Porto Murtinho e Sonora são os municípios mais críticos, com 43 e 40 dias, respectivamente, sem registro de chuva desde 1º de junho até 25 de julho.
Além da ausência de chuvas, os dados de umidade relativa do ar mínima são alarmantes, com os municípios analisados apresentando valores abaixo de 30%. No dia 25 de julho de 2023, Sonora registrou a menor umidade relativa do ar, com apenas 15%.
A situação é agravada pelas altas temperaturas, com os termômetros marcando acima de 30°C em todas as localidades analisadas. Em Porto Murtinho, a temperatura máxima alcançou 34,8°C no dia 21 de julho.
O vento também é um fator preocupante, com rajadas acima de 30km/h em várias áreas, chegando a 56,2 km/h em Sete Quedas e Paranaíba.
Essas condições atmosféricas, combinadas, tornam o ambiente propício para o surgimento de incêndios florestais. De acordo com os dados do INPE, o risco de fogo no estado é classificado como “crítico” em grande parte do território, mas também se estende a áreas da região pantaneira, onde o risco é considerado “alto”.
Com a falta de chuvas, altas temperaturas, baixa umidade do ar e ventos, as autoridades alertam para a necessidade de extrema cautela, pois as condições são favoráveis à propagação de incêndios. Medidas preventivas e de conscientização são fundamentais para evitar desastres ambientais e preservar a segurança da população e da fauna local.
centec