Operação padrão de auditores da Receita em MS completa 25 dias congestionando aduanas

A operação padrão dos auditores-fiscais da Receita Federal completa nesta quinta-feira (20), 25 dias. Em Mato Grosso do Sul, a análise detalhada da documentação e vistoria rigorosa dos veículos de carga provoca a formação de uma fila de quase 500 caminhões nas unidades alfandegárias de Corumbá, Mundo Novo e Ponta Porã.

A operação é uma das ações do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) em protesto contra o corte de R$ 1,2 bilhão no orçamento do órgão para este ano, pelo descumprimento de acordo para a regulamentação do pagamento de bônus de produtividade para a categoria e ainda pela falta, desde 2014, de concurso público para a classe.

Em Mato Grosso do Sul, a situação mais crítica é no Porto Seco de Corumbá (Agesa), que é o principal corredor de comércio exterior do Brasil com a Bolívia e por onde passam diariamente mais de 200 carretas. No fim da tarde desta quarta-feira, o pátio do Porto Seco tinha 313 veículos e outros 27 fora, aguardando a abertura de vagas.

Em Mundo Novo, na fronteira com o Paraguai, o pátio da aduana também está lotado, com aproximadamente 70 caminhões. Na alfandega de Ponta Porã o quadro se repete, mas com números diferentes. Pelo menos 60 caminhões aguardando liberação alfandegária. Os veículos lotam o pátio e ruas próximas. A cidade, inclusive, enfrenta há duas semanas desabastecimento de alguns produtos, como cimento, por exemplo.

Mesmo com a situação se agravando, o governo federal, após algumas rodadas de negociação da categoria com vários ministros, não sinaliza com o atendimento da pauta de reivindicações da classe.

Além da operação padrão, auditores-fiscais que ocupavam postos de chefia também entregaram os cargos no fim do ano passado e foi adotada pela categoria a meta zero, ou seja, ações e fiscalizações não serão concluídas e projetos operacionais estão paralisados.

Conforme decisão em assembleia, a categoria não participou nesta última terça-feira da série de manifestações de outras categorias do funcionalismo público federal que ocorreram em todo o país, tendo em vista que, segundo o Sindifisco Nacional no Mato Grosso do Sul, a categoria não está lutando por reajuste salarial.

 

 

 

sindifisco nacional/ms

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