Prefeito de Terenos deixa a cadeia após decisão favoravel do STJ

O prefeito de Terenos (MS), Henrique Wancura Budke (PP), foi solto por decisão do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), publicada na noite de sexta-feira (3). Ele estava preso desde o dia 9 de setembro, totalizando 24 dias de prisão preventiva.

O prefeito de Terenos (MS), Eduardo Henrique Wancura Budke (PSDB)

A prisão havia sido decretada no âmbito da Operação Spotless, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Budke é investigado por suspeita de liderar uma organização criminosa que, segundo os promotores, fraudou licitações e desviou cerca de R$ 15 milhões da prefeitura, entre 2021 e 2024.

Ao analisar o habeas corpus apresentado pela defesa, o ministro considerou que a prisão já não era necessária e determinou sua substituição por medidas cautelares. Budke continuará afastado do cargo, terá que usar tornozeleira eletrônica e está proibido de entrar em repartições públicas e de manter contato com outros investigados ou testemunhas do processo.

A mesma decisão foi estendida a outros 25 denunciados no caso, que também passam a responder em liberdade. O grupo responde por crimes como corrupção, organização criminosa, fraudes em licitação e lavagem de dinheiro.

O Ministério Público sustenta que parte dos recursos desviados teria sido usada por Budke para adquirir imóveis, participar de empresas e investir em propriedades rurais — com foco em criação de porcos e rebanhos de gado Nelore. A movimentação patrimonial registrada entre 2020 e 2024 foi considerada incompatível com a renda declarada do prefeito.

Um dos pontos citados na investigação é o favorecimento da empresa Tecnika Construção e Locação de Equipamentos Ltda., contratada para executar obras no bairro onde o prefeito mora.

Durante o período de prisão, a prefeitura de Terenos passou a ser comandada pelo vice-prefeito Arlindo Landolfi. O processo segue em tramitação na Justiça estadual. A decisão do STJ não representa absolvição e poderá ser revista caso haja descumprimento das medidas impostas.

 

 

 

actc

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