PRF do MS recebe 170 novos agentes, melhorando a segurança nas estradas

Após quatro meses na universidade corporativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Florianópolis (SC), os 170 novos agentes chegam para conhecer as “particularidades” de Mato Grosso do Sul e tomar posse. De “batedores” a bordo de uma Harley Davidson a guias de faro, eles tiveram treinamento intenso esta semana e agora cada um deve ser designado para sua área de atuação. Veja vídeo do treinamento no final da matéria.

“Esta é uma semana bem intensa e, como a grande maioria dos novos agentes são de fora, conhecem muito sobre as nossas particularidades, as características de um estado que faz fronteira com dois países, com sete cidades gêmeas e 1,8 mil km de rodovia seca. Antes, eles tinham uma visão geral do Brasil e agora conhecem mais sobre Mato Grosso do Sul”, afirmou em coletiva o agente da PRF, Marcos Prado.

Durante as aulas, os PRF´s foram divididos em turmas de 20 pessoas e aí passaram pelo canil, onde aprenderam mais sobre a atividade cinotécnica, que são os guias de faro, além de aulas de enfrentamento ao narcotráfico, crimes transfronteiriços, evasão de divisas, veículos roubados que saem do Brasil, entrada de produtos ilegais no país, o contrabando e até a questão do pagamento de impostos.

Maioria dos novos agentes da corporação não é de Mato Grosso do Sul. Foto: PRF/Divulgação 

 

“É um processo de ambientação para estes novos agentes aqui em Campo Grande. Depois, cada um será designado para os municípios do estado. Eles conhecem várias atividades especializadas da polícia, incluindo toda a nossa dinâmica de operações mistas e aí depois eles vão se apresentar em delegacias. É uma semana muito importante”, comentou o agente da PRF, Marcelo Vilela.

Motociclismo é atividade histórica na corporação

Atual coordenador da atividade de motociclismo da PRF em MS, Vilela fala que a corporação possui atuação histórica com motos, formando desde os “batedores” até o “motopool”, os quais fazem o policiamento especificamente com motos de última tecnologia, como a BMW GS800 e Harley Davidson Police Road King, de 1,700 cilindradas.

“A PRF tem essa atuação histórica com motocicletas, com atividades que permeiam operações nacionais, visitas presidenciais, de chefe de estado, copa do mundo, entre outras. Desta forma, nós fomos para o autódromo, com os batedores já antigos da PRF, e realizamos os treinamentos. Eles tiveram a oportunidade de fazer a ambientação primeiro na XRE 300, usando uma pista com cones, tudo controlado e aí depois cada um vai escolher se quer atuar especificamente nessa atividade de batedor”, ressaltou o agente.

Treinamento em Campo Grande. Foto: PRF/Divulgação

 

De geração em geração

Conforme o Ministério da Justiça, no dia 24 de julho de 1928, na época o presidente da República Washington Luiz não imaginava que estava criando uma instituição que marcaria a história do Brasil. Alguns homens patrulhavam com as suas motocicletas Harley-Davidson a rodovia que ligava a cidade do Rio de Janeiro à Petrópolis. Antônio Félix Filho, o ‘Turquinho’, foi considerado o primeiro patrulheiro rodoviário federal. E hoje, quase um século depois, a PRF é parâmetro nessa atribuição.

Após a segunda guerra mundial, em 1947, o Brasil recebeu a visita do presidente dos Estados Unidos da América, Henry Trumam. Para participar do encerramento da Conferência Interamericana da Paz, realizada na cidade de Petrópolis/RJ. Para a realização da escolta, foi confiada à Polícia das Estradas, ou seja, à Polícia Rodoviária Federal, esta importante missão. Para isso, foram adquiridas dez motocicletas Harley-Davidson. Assim, no dia 05 de setembro de 1947, realizou-se a primeira “escolta” da PRF.

O primeiro evento de grande com a utilização de motociclistas batedores foram os jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Na ocasião, ficou notória a expertise da PRF em realizar escoltas em grandes eventos.  Posteriormente, aconteceram outros  eventos, inclusive de porte mundial,  como a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e Olimpíadas de 2016 e novamente a PRF foi destaque na realização de escoltas.

Agentes também atuam na entrega de vacinas

Com a pandemia da Covid-19, os agentes passaram a também fazer entregas de vacinas e oxigênio, principalmente, porque a  malha rodoviária transporta 75% de tudo o que é produzido no país.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *