O Partido dos Trabalhadores lançou, enfim, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o pré-candidato nas eleições de outubro. O evento aconteceu neste sábado (7) e o partido foi o primeiro a confirmar também o nome do vice, com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), completando a chapa.
Políticos de diversos partidos apoiadores da chapa, movimentos populares, centrais sindicais e personalidades, se reuniram no Expo Center Norte, na capital paulista.
Alckmin não compareceu porque foi diagnosticado com covid-19 um dia antes. Ele, no entanto, participou de maneira online com um discurso gravado. “Absolutamente nada servirá de razão ou pretexto para que eu deixe de apoiar ou defender a volta de Lula à presidência do Brasil”, disse Alckmin no vídeo exibido no telão. “O Brasil sobrevive hoje ao mais desastroso e cruel governo da sua história. Socialmente injusto e irresponsável. Prometemos hoje ao Brasil um governo realmente democrático”, completou.
Acenos ao Centro
Lula falou por pouco mais de 40 minutos e, em um discurso moderado, com acenos ao centro e sem deixar de agradar sua base, disse que pretende “colocar novamente o Brasil entre as maiores economias do mundo”.
O ex-presidente buscou dar ênfase nos contrastes econômicos entre as suas gestões e a atual. “Nós temos um sonho. E não há força maior que a esperança de um povo que sabe que pode voltar a ser feliz. Que pode voltar a comer bem, ter um bom emprego, salário digno e direitos trabalhistas. Que pode melhorar de vida e ver os filhos crescendo com saúde e educação”, discursou. Ele ainda se posicionou contra as privatizações e classificou a política econômica do governo Bolsonaro como “irresponsável e criminosa”.
Sobre o passado de rivalidade com Alckmin, já que os dois foram adversários políticos, o petista justificou a parceria com uma frase do educador e filósofo Paulo Freire. “Nunca me esqueço das palavras de Paulo Freire: ‘É preciso unir os divergentes para melhor enfrentar os antagônicos’”, disse.
Além de Lula, estão confirmados como pré-candidatos à presidência o atual ocupante do posto, Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), João Dória (PSDB), André Janones (Avante), Felipe D’Ávila (Novo), Leonardo Péricles (UP), Vera Lúcia (PSTU) e José Maria Eymael (DC).
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