O ex-secretário de Administração e Finanças de Bonito, Edilberto Cruz Gonçalves, seguirá preso por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A corte negou novo pedido de liberdade dele, que é suspeito de corrupção.
Edilberto está preso desde outubro de 2025. Ele já havia tentado habeas corpus no Núcleo de Garantias de Campo Grande e no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e as duas instâncias rejeitaram o pedido.
O ministro do STJ Ribeiro Dantas não viu motivos para soltar o ex-secretário. “A concessão de liminar em recurso constitui medida excepcional, uma vez que somente pode ser deferida quando demonstrada, de modo claro e indiscutível, ilegalidade no ato judicial impugnado”, ponderou.

Operação Águas Turvas mira organização criminosa que fraudava licitações em Bonito
Em 7 de outubro de 2025, o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), do MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), deflagrou a Operação Águas Turvas, contra uma organização criminosa que teria fraudado licitações que somam R$ 4.397.966,86.
Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão em Bonito, Campo Grande, Terenos e Curitiba (PR). Agentes estiveram na Prefeitura Municipal de Bonito.
O secretário de Administração e Finanças de Bonito, Edilberto Cruz Gonçalves, a diretora do setor de Licitações, Luciane Cinthia Pazette, o empreiteiro Genilton da Silva Moreira, o empresário Carlos Henrique Sanches Corrêa e o corretor de imóveis Luis Fernando Xavier Duarte — que foi solto após pagar fiança por porte de arma — foram presos.
A investigação do Gecoc identificou um grupo que atuava fraudando constantemente licitações de obras e serviços de engenharia em Bonito desde 2021. São vários certames fraudados simulando concorrência e prevendo exigências para favorecer as empresas investigadas.
Servidores públicos integravam o esquema e repassavam informações privilegiadas a empresários, além de organizarem a fraude licitatória para ajudar as empreiteiras a vencerem. Em troca, recebiam vantagens indevidas.
mdx
