Taxa de desemprego no Brasil alcança nível mais baixo em 7 anos

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe boas notícias para o cenário econômico do Brasil nesta sexta-feira. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,8% no trimestre encerrado em agosto, atingindo o menor nível desde fevereiro de 2015, quando estava em 7,5%. Esse resultado também representa a menor taxa de desemprego registrada para um trimestre encerrado em agosto desde 2014, quando atingiu 7%. Em julho deste ano, o índice estava em 7,9%.

A queda na taxa de desemprego é notável, representando uma diminuição de 0,5 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior, que encerrou em maio com uma taxa de 8,3%. Além disso, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma queda significativa de 1,1 ponto percentual na taxa de desemprego, que estava em 8,9%.

A população ocupada, por outro lado, alcançou 99,7 milhões de pessoas, um crescimento de 1,3% (ou 1,3 milhão de pessoas) em relação ao trimestre encerrado em maio. Em uma análise de 12 meses, esse aumento é de 0,6% (ou 641 mil pessoas), refletindo um cenário positivo.

O nível de ocupação também apresentou crescimento, com 57% da população em idade de trabalhar atualmente empregada, um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril.

A melhora na ocupação é um fator fundamental para explicar a redução no número de pessoas em busca de emprego, conforme aponta Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE: “Esse quadro favorável pelo lado da ocupação é o que permite a redução do número de pessoas que procuram trabalho.”

Além disso, a massa salarial real também trouxe boas notícias, atingindo R$ 2.947 no trimestre encerrado em agosto, mantendo-se praticamente estável em relação aos três meses anteriores. No entanto, no acumulado do ano, a renda média cresceu 4,6%. A massa de rendimento salarial atingiu R$ 288,9 bilhões em agosto, estabelecendo um novo recorde na série histórica.

Outro destaque positivo é o aumento no número de trabalhadores com carteira assinada, que cresceu 2,1% (mais 266 mil pessoas) nos três meses encerrados em agosto, totalizando 13,2 milhões de empregados formais no setor privado. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve estabilidade.

Apesar desses avanços, a taxa de informalidade ainda é relevante, afetando 39,1% da população ocupada, o que corresponde a 38,9 milhões de trabalhadores informais em todos os setores da economia. No entanto, esse índice está em linha com o trimestre anterior, indicando uma estabilidade nessa categoria de emprego.

O aumento na ocupação foi impulsionado principalmente por três grupos de atividades: Serviços domésticos, que registrou um crescimento de 2,9% e ganhou mais 164 mil pessoas ocupadas; Administração pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde humana e Serviços sociais, com alta de 2,4% (422 mil pessoas); e Informação, Comunicação e Atividades financeiras, imobiliárias, que apresentou um aumento de 2,4%.

 

 

 

fonte: IBGE

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