Após quatro décadas de presença no cenário financeiro, a transferência via Documento de Ordem de Crédito (DOC) está prestes a se despedir, com o encerramento do serviço marcado para nesta segunda-feira (15), às 22h. Nesse momento, os bancos deixarão de oferecer a opção de emissão e agendamento de DOC para transferências entre instituições financeiras distintas, abrangendo tanto pessoas físicas quanto jurídicas.
O ano passado testemunhou o anúncio do término do DOC, uma mudança impulsionada pelo sucesso do Pix, o sistema de transferência instantânea desenvolvido pelo Banco Central. A modalidade DOC, estabelecida em 1985, permitia transferências de recursos até as 22h, com a conclusão da transação no dia útil subsequente. Operações realizadas após esse horário demandavam um prazo estendido de dois dias úteis.
Concomitantemente ao fim do DOC, a Transferência Especial de Crédito (TEC), utilizada por empresas para pagamentos de benefícios a funcionários, também será descontinuada às 22h da segunda-feira.
O Pix, que se destacou como um sistema gratuito para pessoas físicas, conquistou rapidamente a preferência dos usuários, relegando modalidades como DOC e TEC à obsolescência. Essa mudança reflete uma transformação digital no setor financeiro, visando maior agilidade e eficiência nas transações.
Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), baseados em informações do Banco Central, indicam que as transações via DOC representaram apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações realizadas no primeiro semestre de 2023. Em contrapartida, o Pix liderou com 17,6 bilhões de operações, seguido por boletos (2,09 bilhões), TED (448 milhões), cheques (125 milhões), cartão de débito (8,4 bilhões) e cartão de crédito (8,4 bilhões).
A Transferência Eletrônica Disponível (TED), focada em transferências de grandes valores, permanece ativa. Criada em 2002, a TED viabiliza o envio de recursos entre instituições diferentes até as 17h dos dias úteis, com a conclusão da transação em até meia hora. O encerramento do DOC representa um marco na evolução das transações bancárias no Brasil, evidenciando a transição para soluções mais ágeis e modernas.
Depois do fim do DOC e da TEC, débito automático é o próximo na lista de mudanças
Com o fim do Documento de Ordem de Crédito (DOC) e da Transferência Especial de Crédito (TEC), o Banco Central brasileiro, por meio do sucesso do Pix, anuncia mais uma revolução no sistema financeiro: o débito automático está prestes a ser substituído. O Pix, sistema de pagamentos instantâneo, tem conquistado espaço rapidamente, com transações crescendo mais de quatro vezes em dois anos, segundo dados do Banco Central.
A próxima etapa dessa transformação será a substituição do débito automático pelo Pix, prevista para meados deste ano, conforme especialistas. O Pix, que não cobra taxas para transferências entre pessoas físicas e possui tarifas reduzidas para operações com empresas, se tornou a escolha preferida dos usuários. As instituições associadas à Febraban encerrarão os serviços de DOC e TEC na segunda-feira (15/1), mas as transferências dessas modalidades ainda poderão ser agendadas até 29/1.
O sucesso do Pix é evidente nos números, com mais de 4 bilhões de transações registradas somente em dezembro, representando um aumento expressivo em comparação com janeiro de 2022, quando foram realizadas 1,3 bilhões de transações. A escolha do Pix cresceu exponencialmente, com um aumento de 433% nas transações financeiras em 2023.
O Pix Automático, programado para ser lançado em 2024, visa simplificar pagamentos recorrentes, proporcionando instantaneidade nas transações. Esse novo método permitirá às empresas oferecerem opções de débito automático sem a necessidade de convênios específicos com cada instituição financeira, tornando o processo mais eficiente e reduzindo custos operacionais.
bc