O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul adiou para a próxima segunda-feira (10) o julgamento que pode deixar o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB), inelegível pelos próximos oito anos. O início da análise estava marcado para esta terça-feira (4), mas a pedido do relator, o juiz José Eduardo Chemin Cury, o inquérito da Polícia Federal foi retirado da pauta.
Iunes foi denunciado pelos crimes de corrupção e falsidade ideológica para garantir votos e conquistar sua reeleição em 2020. A Procuradoria Regional Eleitoral afirma que há provas de que o tucano cometeu os crimes de corrupção eleitoral 24 vezes e de falsidade ideológica sete vezes.
Além do prefeito, também foram denunciados o assessor Marconi de Souza Júnior e a servidora técnica de Saúde Mariluce Gonçalves Leão, responsável pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde, a Casa Verde.
Conforme a denúncia, em conluio com Marcelo Iunes, os dois comissionados, no período de campanha, entre 26 de fevereiro de 2019 e 2 de novembro de 2020, deram, ofereceram e prometeram dinheiro, cestas básicas e remédios, além de outras vantagens, em troca de votos.
No dia 4 de novembro de 2020, Marconi foi abordado pela Polícia Federal, após sair do diretório de campanha eleitoral do PSDB corumbaense, e foi encontrada uma planilha de dados com número do título de eleitor, seção e zona eleitoral de dezenas de eleitores, além de R$ 7.750,00 em espécie, divididos em porções de R$ 250,00 cada.
Após quebra de sigilo telefônico, as investigações apontaram indícios da existência de uma associação criminosa composta por agentes públicos e políticos para a prática de crimes eleitorais.
oj