Trio preso na Operação Fake Cloud planejava implantar esquema de fraudes em mais 4 municípios

O trio preso na Operação Fake Cloud, deflagrada nesta quinta-feira (23), planejava implantar o esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos em mais quatro municípios: Aquidauana, Anastácio, Corguinho e Corumbá, segundo investigação do Ministério Público Estadual. Apenas em três dispensas de licitações, eles teriam desviado R$ 159,8 mil da Prefeitura Municipal de Itaporã.

Ontem, o GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) prenderam o então secretário municipal de Governo e Gestão Estratégica de Corumbá, Nilson Pedroso, e os empresários Lucas de Andrade Coutinho e George Willian de Oliveria.

Empresário e pecuarista, Coutinho foi preso na Fazenda Morriá, em Rochedo. Ele foi encaminhado para audiência de custódia presidida pelo juiz Ronaldo Gonçalves Onofri, nesta sexta-feira (24) e deverá ser encaminhado para um presídio. Esse é a 3ª prisão do empresário. Ele foi denunciado em várias ações criminais decorrentes das operações Parasita e Turn Off I e II.

Aliás, a ousadia do empresário foi um dos motivos citados para o juiz Evandro Endo, da Vara de Itaporã, decretar a prisão preventiva pela terceira vez. Apesar das denúncias na Justiça e estar na mira do MPE, Coutinho não se intimidou e mantinha a atuação criminosa, conforme a denúncia do GECOC.

Pedroso, George Willian e Lucas de Andrade Coutinho teriam aproveitado três dispensas de licitações, duas em 2022 e uma em 2023, para desviar R$ 159.828 da Prefeitura de Itaporã. O esquema foi descoberto com a quebra do sigilo telefônico e de dados na Operação Parasita, que apurou desvios milionários no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, em Campo Grande.

Expansão da organização criminosa

Os três aproveitaram a nomeação de Nilson Pedroso como superintendente executivo da Secretaria Municipal de Planejamento, Receita e Administração de Corumbá, na gestão do atual prefeito Gabriel Alves de Oliveira, o Dr. Gabriel (PSB), para ampliar a atuação da organização criminosa.

“Atrelado a isso, denoto a existência de contemporaneidade da atuação criminosa já que, em mensagens de celular, é possível extrair que Lucas Coutinho e George Willian iniciaram tratativas acerca da implantação do esquema criminoso nos municípios de Corguinho, Aquidauana, Anastácio e Corumbá, sendo que no dia 10/01/2025, Nilson Pedro (Pedroso) foi nomeado secretário adjunto na Secretaria Municipal de Corumbá e, em, 20.06.2025, que foi nomeado para o cargo de secretário adjunto na mesma secretaria municipal”, afirmou o juiz.

Pedroso foi nomeado e empossado como secretário municipal de Governo e Gestão Estratégica de Corumbá no dia 20 de junho deste ano. A ousadia dos acusados foi o principal motivo para a decretação da prisão preventiva.

Lucas de Andrade Coutinho foi preso em fazenda: é a 3ª prisão de empresário por corrupção em MS (Foto: Arquivo)

Os mandados de busca

Além da prisão preventiva, o magistrado determinou a quebra dos sigilos telefônico e telemática de mais três investigados por integrar a suposta organização criminosa.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra:

  • Lucas de Andrade Coutinho, Campo Grande
  • Nilson Pedroso, Corumbá
  • George Willian de Oliveira, Campo Grande
  • Paulo Henrique de Souza, Itaporã
  • Gabriel CCordeiro Spontoni, Campo Grande
  • Miguel dos Santos Andrade, Campo Grande.

A investigação é conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça de Itaporã com o apoio do GECOC

 

 

oj

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