São Gabriel perde R$ 3,4 mi dos aposentados no Master e teve parecer de que banco não iria falir

A Prefeitura de São Gabriel do Oeste deve perder R$ 3,4 milhões dos aposentados e pensionistas que foram aplicados no Banco Master, liquidado pelo Banco Central após suspeitas de fraude e corrupção. O dinheiro foi aplicado na gestão do prefeito Jeferson Tomazoni (PSDB) no ano passado. A cidade é a 5ª do Estado que realizou aplicação de risco ao ignorar alertas de problemas da instituição financeira.

O curioso é que o SGOPrev (Instituto de Previdência dos Servidores do Município de São Gabriel do Oeste) obteve parecer da Crédito e Mercado, em setembro deste ano, de que não havia o menor risco de perder as letras financeiras do Master, com validade por 10 anos e vencimento previsto para 2034.

O instituto tinha R$ 3,412 milhões em letras financeiras do Master e corre o risco de nem conseguir os R$ 250 mil garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito, criado em 1994 para indenizar clientes de instituições financeiras.

“Não houve, em nenhum momento prejuízo ao erário ou exposição indevida do patrimônio do Fundo de Pensão, ou riscos não calculados. Pelo contrário, a manutenção do ativo em carteira tem se mostrado uma decisão prudente e benéfica”, afirmaram, em parecer, o consultor Diego Lira de Moura e a economista Nahida Zahra Lakis.

“É imperativo ressaltar de forma categórica, que o Banco Master não faliu e, até o momento, não houve qualquer inadimplência no pagamento de suas letras financeiras”, assegurou a dupla da Crédito e Mercado, de São Paulo.

Com a liquidação do Master, a prefeitura vai perder uma fortuna dos aposentados, que foi aplicada na gestão passada. Os institutos de Campo Grande, Angélica, Jateí, Fátima do Sul e São Gabriel do Oeste podem perder R$ 14,8 milhões.

 

 

ojcr

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