Nesta semana o governador decretou a situação de emergência em todo Estado em função da estiagem. O decreto entrou em vigor na última terça-feira (04), com duração de 180 dias. Também foi divulgado que as secretarias e pastas estaduais conseguiram cumprir 88% das metas estabelecidas para 2021.
O decreto de emergência atendeu a demanda de órgãos como Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), Produção e Agricultura Familiar) e Defesa Civil. Além do Governo poder realizar ações emergenciais para ajudar o setor, o produtor poderá acionar o seguro agrícola, renegociar parcelas de financiamento e ampliar pagamento de dívidas.
Esta situação de estiagem foi em função das poucas chuvas que tiveram no Estado nestes últimos meses, que acabaram trazendo prejuízos nos setores de grãos, assim como pecuária e avicultura, onde muitos produtores precisaram abrir novos poços artesianos e até recorrer a caminhões pipa para não faltar água aos animais.
“Desde o mês de dezembro, estamos monitorando a questão da estiagem e seca prolongada em Mato Grosso do Sul. Estamos com volume de chuvas muito pequenas, que trazem grandes problemas em todo Estado para o setor produtivo, por isso decretamos a situação de emergência”, explicou o governador.
Produtores já estão levantando os prejuízos, que tiveram em função da estiagem. O agricultor João Merlo, de 68 anos, terá uma perda de 50% da lavoura de soja, pela falta de chuva nos últimos meses. “Fazemos tudo certo, plantamos na época correta, temos todos os cuidados na lavoura, mas não podemos fazer chover. Por isso é importante este apoio do governo”.
Já o avicultor Adroaldo Hoffmann, que administra duas granjas da família em Campo Grande, relatou que o período de estiagem foi muito preocupante, pois os poços artesianos não tiveram água suficiente para demanda, tendo que abrir novos poços e até recorrer a contratação de caminhões pipa. “Na produção avícola nós temos uma necessidade muito grande de ter água, não só para dar para os animais beberem, mas também para regular o ambiente dentro dos barracões”.
Metas cumpridas
Foi divulgado nesta semana que as secretarias, fundações e autarquias estaduais conseguiram cumprir em média 88% das metas definidas para 2021. A reunião de avaliação ocorreu no final do ano e agora o resultado foi divulgado para população. O percentual superou o ano de 2020, onde foram alcançadas 82% das metas.
“Cabe agora, a todos nós (governador e secretários) perseguir no cumprimento das metas, implementar os projetos e concluir os processos de licitação até abril, quando começam as restrições do período eleitoral”, ressaltou o governador. Ele pediu empenho a todos e destacou que este ano é atípico em função de várias restrições devido a eleição em outubro, que traz alguns impedimentos legais.
A avaliação em relação aos indicadores e metas pactuadas para 2021 foi considerada satisfatória. Todos os secretários de Estado e dirigentes de fundações, empresas públicas e autarquias têm seu desempenho e atuação administrativa avaliados anualmente.
O Contrato de Gestão é um instrumento previsto na Constituição Federal de 1988, mas somente em 2015, quando começou a administração de Reinaldo Azambuja, ele foi implementado como peça de planejamento no governo. O objetivo do contrato de gestão é fixar metas de desempenho.
Leonardo Rocha, Subcom
Foto Capa: Chico Ribeiro