O Governo do Estado, por meio da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), está investindo quase R$ 1,5 bilhão em obras de abastecimento de água e tratamento de esgoto. Ao lado dos investimentos públicos, o Estado avança no projeto de PPP (Parceria Público-Privada) para acelerar o Plano de Saneamento Básico.
De acordo com o governador Reinaldo Azambuja, com os investimentos públicos e viabilização da PPP, o objetivo é antecipar-se ao novo Marco Regulatório do Saneamento e reduzir o prazo de universalização.
A meta do Governo Federal é alcançar a universalização dos serviços de saneamento básico até 2033, garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso a água potável e 90% ao tratamento e coleta de esgoto.
“Nos próximos 10 anos, MS terá orgulho de ser o primeiro Estado do Brasil a ter 100% de coleta e tratamento do esgoto sanitário, atingindo assim a universalização do saneamento básico”, destaca o governador Reinaldo Azambuja, ressaltando que seria humanamente impossível atingir essa meta sem as parcerias com autarquias, entidades de economia mista e o setor privado.
Uma das parcerias destacadas é com a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que dá suporte às pequenas cidades, com população de até 50 mil habitantes. Segundo a Sanesul, hoje a cobertura do serviço de esgotamento sanitário é de 55% no Estado. Em relação ao sistema de água, a cobertura chega a 100% nas 68 cidades atendidas pela empresa. Dos 2,8 milhões de habitantes de MS, aproximadamente 1,7 milhão de pessoas tem água potável distribuída pela Sanesul.
O impacto do saneamento básico no desenvolvimento socioeconômico, na saúde e no meio ambiente é enorme, segundo estudos do Instituto Trata Brasil e Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Levantamento de 2019 mostra que o Brasil é o 112º no ranking mundial de saneamento básico.
O levantamento mostra os extratos do abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e coleta e tratamento de resíduos sólidos (lixo urbano que resulta das atividades domésticas e comerciais).
Corumbá, a última entre as quatro maiores cidades ranqueadas do Estado, é uma das prioridades no plano estadual de saneamento, com obras de ampliação da rede de abastecimento de água, perfuração de poços e aumento da capacidade de reservação. No sistema de esgoto, estão em andamento obras de ampliação da rede coletora e construção de Estação de Tratamento.
O diretor-presidente da Sanesul, Walter Carneiro Júnior, assegura que já foram concluídas várias obras contratadas com recursos da própria empresa, em convênio com a Caixa Econômica Federal. Assim, em algumas cidades que fazem parte da chamada “Rota do Saneamento”, as obras de esgotamento sanitário também avançaram. Para o diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Sanesul, em muitos municípios o processo de universalização do esgoto será concluído muito antes, entre quatro a dois anos do prazo estabelecido no novo Marco Regulatório, graças à Parceria Público-Privada.
Depois de Costa Rica, Bonito é a segunda, entre as médias e pequenas cidades com obras mais avançadas. É a única cidade de Mato Grosso do Sul a atingir pontuação máxima no quesito de tratamento de esgoto (100), mas ainda não atingiu média satisfatória no quesito de destinação do lixo doméstico (46,12), embora tenha uma boa rede de coleta (81,91). O ecoturismo é um dos segmentos da economia que podem crescer com a universalização do esgotamento sanitário.
Como o levantamento é de 2019, as obras executadas nos últimos dois anos podem alterar as pontuações divulgadas. As quatro cidades no universo de médios e pequenos municípios melhor posicionadas no ranking do saneamento básico são Costa Rica, Bonito, Paranaíba e Alcinópolis.
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