O governo de MS e a Embrapa firmaram nesta segunda-feira (9) um convênio de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com o propósito de mapear de forma detalhada e participativa as comunidades indígenas Jaguapiru e Bororó.
Localizadas nos municípios de Dourados e Itaporã, essas áreas serão objeto de um diagnóstico aprofundado, fundamentado em levantamentos de dados precisos e colaborativos.
Ao mapear as condições socioeconômicas dessas duas aldeias indígenas da RID (Reserva Indígena de Dourados), que corresponde ao 6o maior território do País com mais de 15 mil pessoas em 3,5 mil hectares das etnias Guarani Kaiowá, Guarani Ñandeva e Terena, as instituições buscam por soluções que subsidiem a formulação de políticas públicas e ações de mitigação e convivência. Essas informações estarão no Diagnóstico Participativo Etno Sócio-ambiental-produtivo, que será construído ao longo de dois anos de estudo.
“Hoje é realmente mais do que uma assinatura. É a materialização. É trazer soluções inovadoras para problemas que temos há décadas, passando por gerações. Isso foi possível pela união de esforços entre o poder público, parlamentares, representantes de comunidades indígenas e quilombolas, academia e sociedade civil”, ressalta Viviane Luiza, secretária de Cidadania.
A historiadora e antropóloga afirma que para resolver problemas históricos é necessário mudar paradigmas, entender a pluralidade de aldeias e quilombos e perceber que a soberania alimentar passa pela autonomia econômica. Para isso não existe somente uma solução, mas um conjunto de soluções que realmente sejam capazes de construir políticas públicas mais eficazes e estruturantes, como complementa a diretora de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, Ana Euler.
A secretária Viviane Luiza e a diretora Ana Euler destacam que Mato Grosso do Sul tem a terceira maior população do País e isso exigirá uma atuação ampliada da estatal, direcionando suas competências técnico-científicas para o mesmo propósito, de forma organizada e conectada. O professor Anderson de Oliveira Mamede, representante das comunidades indígenas, comenta que “a iniciativa veio atender a comunidade em um momento muito difícil, e isso vai abrir portas para muitos jovens indígenas”.
Isso é o que espera Eduardo Riedel, governador do Estado, que é enfático ao lembrar que não existe tecnologia para pequeno, grande e médio produtor. “Existe tecnologia e ela é possível para todos. A Embrapa tem mais de quatro mil tecnologias, então nosso desafio é disponibilizá-las. A responsabilidade é de todos nós”, convoca Riedel.
Para o governador é hora de buscar soluções definitivas para as comunidades indígenas e quilombolas, com diálogo, consciência e compreensão e reflete que “tão importante quanto crescer é estender a mão para as comunidades. É não deixar ninguém para trás”. Essa convergência de propósito guiará o Governo de MS, a Embrapa e demais parceiros durante o projeto.
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