Mato Grosso do Sul lidera “jogo” mundial da celulose com nova fábrica em Ribas do Rio Pardo

Gerando três mil empregos diretos e indiretos e com investimentos de R$ 22,5 bilhões, a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, inaugurou oficialmente hoje (05) a sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo.

O “Projeto Cerrado”, que levou quatro anos para ser concluído, confirma Mato Grosso do Sul a nível global como o Vale da Celulose. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck que participou na manhã de hoje (05) da cerimônia oficial de inauguração da fábrica.

A solenidade contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, do governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, do governador do Maranhão, Carlos Brandão, da ministra do Planejamento Simone Tebet, autoridades federais, estaduais e municipais, além de empresários e representantes de entidades ligadas ao setor.

Durante a cerimônia, Lula destacou que o trabalho árduo de milhares de “trabalhadores que plantam, semeiam, e produzem” dentro da Suzano é fruto do crescimento da empresa e da economia do país. “Outra sorte que eu tenho é que a massa salarial cresceu 11,9%. É o maior crescimento desde que a gente começou a medir”, frisou, durante o discurso.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que a inauguração da fábrica “é uma verdadeira revolução para a região”. “Nós vamos mudar o nome do estado, quem sabe, para o estado da celulose, porque aqui é o vale mundial da celulose”, disse a ministra.

“A nova fábrica eleva MS a um status global de Vale da Celulose, que gera riqueza, encadeamento produtivo, que traz renda para as pessoas do nosso Estado”, avaliou Verruck.

Para Beto Abreu, diretor presidente da Suzano, a empresa é um exemplo de economia sustentável e circular. “É um exemplo de industrialização, porque além de produzir 2.5 milhões de celulose, temos na verdade um polo industrial. O ácido sulfúrico é produzido com uma fábrica aqui. O peróxido é produzido com uma fábrica aqui. O gás que nós precisamos, produzimos através da biomassa localmente. E toda a energia que esse polo industrial precisa, também produzimos de forma renovável, abastecendo todo esse polo industrial e ainda tendo energia suficiente para colocar no grid e energia suficiente para abastecer todas as residências do estado do Mato Grosso do Sul com 3 milhões de habitantes”, comentou.

A maior planta de celulose em linha única de celulose do mundo entrou em operação no dia 21 de julho deste ano, resultado de um investimento de R$ 22,5 bilhões. “É o maior investimento da história de 100 anos da Suzano e um dos maiores investimentos privados do Brasil”, destacou o presidente da Suzano, David Feffer.

A nova fábrica possui capacidade instalada para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, ampliando a capacidade de produção de celulose da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais, o que representa um aumento de mais de 20%.

Com quase 4 mil vagas de emprego na região, entre diretos e indiretos, em operações industriais, florestais e de logística, a nova unidade também ampliou a capacidade de produção da companhia em Mato Grosso Sul, que, com três fábricas em operação, chega a 5,8 milhões de toneladas de celulose anuais.

O governador Eduardo Riedel destacou o papel da inclusão do projeto que gera inúmeras vagas para mulheres, principalmente no viveiro de mudas. O local vai empregar cerca de 240 pessoas no total. O time de colaboradores é composto 85% por mulheres e foi qualificado por meio de programas de formação oferecidos pela própria Suzano, juntamente com seus parceiros institucionais, e é 100% formado por moradores e moradoras de Ribas do Rio Pardo.

“O setor de papel e celulose, de florestas plantadas, tem uma capacidade de gerar emprego de qualidade, para as mulheres, como nós estamos vendo aqui. Também tem a capacidade de ajudar no processo de investimento em infraestrutura e todas as consequências de um crescimento dessa ordem que impõe ao Estado ações importantes, como educação, saúde e segurança pública nos municípios que sofrem esse tipo de impacto positivo”, destacou o governador.

Protagonismo

De acordo com o secretário, a equipe da Semadesc teve papel de destaque no empreendimento, desde a liberação desde a concepção até a consolidação do investimento. “É um projeto que a Semadesc acolheu desde o primeiro dia, desde a sua concepção, período de atração de investimentos e hoje consolidamos aqui a empresa, que vai gerar mais de 4 mil empregos em toda a região”, destacou o titular da Semadesc.

TIME SEMADESC – Diretor do Imasul, André Borges, assessor Lúcio Lagemann, secretário-executivo Rogério Beretta, titular da Semadesc Jaime Verruck, secretário-executivo Esaú Aguiar, presidente da Funtrab Marina Dobashi, coordenadora de eventos, Eli Francisco e secretário-executivo Humberto de Mello

Também prestigiaram o evento os secretários-executivos de Desenvolvimento Econômico Sustentável Rogério Beretta, de Qualificação Profissional e Trabalho Esaú Aguiar, o secretário-executivo de Agricultura Familiar Humberto de Melo, o diretor presidente do Imasul André Borges, a diretora-presidente da Funtrab, Marina Dobashi,  a coordenadora de eventos Eli Francisco e o assessor especial de logística, Lucio Lagemann.

Verruck diz que o empreendimento está dentro da estratégia de desenvolvimento industrial prevista para o Estado. “O projeto está dentro das diretrizes que o Governo de MS trabalha, que é indústria com tecnologia, alto valor de produção e avançando sempre. O projeto tem um papel importante em posicionar o Mato Grosso do Sul como um grande player mundial na área de celulose”, finalizou Verruck.

 

 

 

Semadesc

 

 

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