O MDB, PSDB e o União Brasil estão articulando uma possível criação da chamada federação partidária. Caso o fato se concretize, pode colocar no mesmo palanque os pré-candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (MDB), Rose Modesto – que pode se filiar ao União Brasil – e Eduardo Ridel (PSDB), que tem a preferência do atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Outras pré-candidaturas que poderiam ser descartadas, mas desta vez nas eleições majoritárias, são da senadora Simone Tebet (MDB) e do governador pelo Estado de São Paulo, João Dória (PSDB). Apesar da vontade de ambos em estar na disputa ao Palácio do Planalto, os dois aparecem com números pequenos nas pesquisas eleitorais.
A senadora sul-mato-matogrossense, por exemplo, não chega a casa dos 2% da preferência do eleitorado, já o paulista também não tem chegado ao 4%. O que se é aventado nos bastidores, é que os presidentes das legendas estariam dispostos a deixarem seus candidatos de lado e apoiar um nome com mais força, que no qual seria do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro (Podemos).
Ele vem atrás do terceiro colocado nas pesquisas, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). Contudo, o reflexo no Estado é imediato. Com a federação, os partidos se tornam uma sigla e tem de obedecer às mesmas regras das legendas estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ou seja, terão que lançar apenas um nome. Levando em consideração o currículo e o capital político, o escolhido seria do ex-governador André Puccinelli. No entanto, nos últimos anos o cacique emedebista se viu envolvido em diversas investigações que o levaram à prisão por 5 meses.
Já Rose Modesto enfrentou o principal candidato ao Governo do Estado neste pleito, o prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD), nas eleições municipais de 2016. Ela chegou ao segundo turno daquele ano, quando disputou a prefeitura da Capital.
Por fim, Eduardo Riedel, é o escolhido pelos Tucanos, o Secretário tem seu perfil mais técnico, e ainda busca ser mais popular diante do eleitorado, na sua corrida ao Governo do Estado.
Federação
A federação partidária, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é a integração de dois ou mais partidos políticos com afinidade programática após se unirem para atuar como uma só legenda por, no mínimo, quatro anos.
A união entre as agremiações têm abrangência nacional e funciona como um teste para uma eventual fusão ou incorporação envolvendo as legendas que fizerem parte da federação.
Na prática, segue o TSE, a federação opera como uma só legenda e, por esse motivo, está submetida às mesmas regras aplicadas aos partidos políticos.
Uma federação pode, por exemplo, formar coligação para disputar cargos majoritários (presidente, senador, governador e prefeito), mas está proibida de se coligar a outros partidos em eleições proporcionais (deputado federal, deputado estadual ou distrital e vereador).
A diferença para a fusão é que, além de limitar por um certo período, a união não retira a autonomia administrativa de cada legenda envolvida.
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