Para resgatar história e valorizar os artistas sul-mato-grossenses, o governo do Estado vai reformar o Centro Cultural José Otávio Guizzo e o Teatro Aracy Balabanian. O investimento será de R$ 5,5 milhões em um espaço que conta a cultura do Estado desde 1984, quando foi inaugurado.
A obra faz parte do pacote lançado pelo governador Reinaldo Azambuja, que prevê R$ 18,6 milhões em reformas de locais que fazem parte do patrimônio cultural de Mato Grosso do Sul. Este investimento trata-se de mais uma medida do programa “Retomada MS”, que visa ajudar os setores que mais foram atingidos durante a pandemia.
“Vamos fazer um grande investimento na melhoria das estruturas de cultura, entre eles o Centro Cultural José Otávio Guizzo, com o Teatro Araçy Balabanian, que vai dispor de uma reforma completa. Além do auxílio aos artistas, também vamos retomar os nossos festivais. Só na área da cultura vamos disponibilizar mais de R$ 78 milhões”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.
A reforma vai abranger o Teatro Aracy Balabanian, assim como as galerias e salas multiuso que são usadas para diversas atividades artísticas. “O projeto (reforma) já está na fase final de elaboração e estamos acompanhando os detalhes desta obra, que será muito importante para o setor”, destacou a coordenadora do Centro Cultural, Luciana Kreutzer.
A coordenadora descreveu que a revitalização irá incluir a parte elétrica, hidráulica, iluminação e algumas intervenções como na estrutura do Teatro. “Esta estrutura é muito antiga, uma parte vai ser demolida, já muitos espetáculos não podíamos receber em função do espaço, que será readequado”.
Ela ainda citou a mudança de equipamentos e estrutura das salas multiuso, que recebe as aulas de dança, teatro e música, assim como mudanças nas galerias. “Vamos fazer uma repaginação e modernização do espaço, incluindo as novas tendências tecnológicas, com nova parte elétrica, hidráulica e de iluminação”.
Valorização
A obra tão esperada pelo setor cultural tem entre seus principais objetivos “valorizar a classe artística”, oferecendo novamente um espaço de “acolhimento”, criação e exposição dos espetáculos e atividades do setor. “O teatro por exemplo já está fechado desde 2016, o que deixa um vazio na classe, já que o local foi rota nacional de espetáculos”, descreveu Kreutzer.
O local dispõe da Sala de Convenções Rubens Corrêa, Galeria de Exposições Wega Nery, Ateliê de Artes, Sala de Ensaios Conceição Ferreira, Sala de Música, Sala Central e Teatro Aracy Balabanian. A expectativa é fomentar e ampliar as oficinas de dança, música, teatro, artes plásticas e capoeira, além de espetáculos e exposições.
Localizado na Rua 26 de Agosto, o Centro Cultural está no terreno onde funcionou a antiga usina elétrica de Campo Grande em 1919 e depois na década de 60 o Fórum da Comarca de Campo Grande. Em 11 de outubro de 1984 foi fundamento o espaço cultural pelo governo do Estado.
Leonardo Rocha, Subcom
Fotos: Saul Schramm