A cidade de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, está prestes a se consolidar como um dos principais polos logísticos da região com a construção de um porto multifuncional. O projeto foi apresentado nesta segunda-feira (7) ao governador Eduardo Riedel, durante encontro com Guillermo Misiano, presidente da PTP Group, e executivos da empresa. A previsão é de que a primeira fase da obra seja concluída até o final de 2025, com operações focadas no escoamento de grãos e importação de fertilizantes.
O projeto foi apresentado nesta segunda-feira (7) ao governador Eduardo Riedel
O novo porto será peça central na Rota Bioceânica, que conectará o Brasil ao Paraguai e aos mercados da Argentina e Chile, por meio da rodovia e hidrovia Paraguai-Paraná. A expectativa é de que a obra dinamize as conexões comerciais da região com o Pacífico, além de reduzir os custos logísticos para produtores e empresas locais.
A obra também está atrelada ao avanço da ponte da Rota Bioceânica, que ligará Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai, e já possui 52% das obras concluídas. A previsão é que a ponte esteja finalizada em novembro de 2025, o que permitirá uma integração ainda mais ágil entre os países envolvidos. Segundo o último balanço, o projeto já envolve 150 trabalhadores diretos e 450 indiretos, reforçando a geração de empregos na região.
“O desenvolvimento portuário em Porto Murtinho é fundamental para transformar a cidade em um verdadeiro hub logístico. Com a conclusão do porto multifuncional, a expectativa é que ele esteja em plena operação até 2026, trazendo grande impacto econômico para Mato Grosso do Sul”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
Guillermo Misiano, presidente da PTP, destacou que o projeto vai além do escoamento de grãos. A estrutura do porto permitirá a importação de fertilizantes, a operação com contêineres e, futuramente, combustíveis. “Essa integração de operações tornará o circuito mais competitivo e acessível aos produtores, que poderão retornar de Porto Murtinho com carga, reduzindo custos”, explicou Misiano.
O impacto positivo para o setor agrícola será significativo, visto que Mato Grosso do Sul possui um setor sucroenergético robusto, com 19 usinas de álcool, biodiesel e etanol em operação. Além disso, a movimentação de grãos, como soja e milho, já é uma realidade crescente na região.
A PTP Group já adquiriu a área destinada à construção do porto e está em fase de obtenção das licenças ambientais e nacionais para o início das obras. Segundo Misiano, a empresa tem trabalhado junto à Secretaria dos Portos e à Marinha para garantir que todas as etapas sejam cumpridas com agilidade.
“Estamos avançando muito bem com as licenças necessárias, e o governador Eduardo Riedel tem demonstrado grande interesse no projeto, o que reforça o compromisso do Estado em desenvolver essa região estratégica”, afirmou Misiano.
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