Prefeitura da Capital compra absorventes para distribuição gratuita

Mais de um ano depois da distribuição gratuita de absorventes se tornar lei em Campo Grande, a prefeitura lançou a licitação para a compra do item de higiene menstrual, que será entregue às alunas da Rede Municipal de Educação da Capital (Reme).

A publicação da licitação foi feita no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) de quinta-feira. No documento a prefeitura informa que a compra será feita por meio de registro de preço das empresas interessadas.

Isto é, no dia 25 de novembro, data em que está marcada a sessão de disputa de preços, as empresas deverão registrar os valores pretendidos. Assim, o Executivo consegue analisar qual proposta tem o melhor custo-benefício.

A compra dos absorventes foi garantido por meio de uma emenda parlamentar na Lei Orçamentária Anual (LOA) feita pela vereadora Camila Jara, após o projeto de lei que tratava do assunto ter sido vetado pelo então prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad.

A emenda parlamentar direcionou o total de R$ 2,4 milhões exclusivamente para adquirir o item, já que o veto ao projeto anterior foi baseado no argumento de que a vereadora não teria apresentado a fonte de onde seriam retirados os recursos para colocar a ideia em prática.

Ainda na quinta-feira (11), o novo secretário de Educação da Capital falou sobre o assunto e garantiu que daria andamento no projeto de dignidade menstrual nas escolas municipais.

“Vamos dar continuidade ao projeto porque valorizamos cada pessoa em sua particularidade”, afirmou.

DIGNIDADE MENSTRUAL

Conforme já divulgado pelo Correio do Estado em matéria veiculado em julho deste ano, em Campo Grande existem aproximadamente 72 mil mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, ficando sem condições de ter acesso à itens de higiene que promovam a dignidade menstrual.

À época, a reportagem trouxe um levantamento apontando que para garantir as doações de absorventes tanto nas escolas como para mulheres de comunidades, a prefeitura deveria investir, no mínimo R$ 7 milhões.

Para esse cálculo foi levado em conta que cada mulher gasta, em um ano, no mínimo, R$ 108,00 apenas para terem absorventes.

A proposta apresentada por Camila Jara na Câmara Municipal também prevê que as alunas participem de rodas de conversa e oficinas.

 

pmcg

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