China envia mais navios e aeronaves para arredores de Taiwan

A China enviou nesta sexta-feira (7), pelo segundo dia consecutivo, navios e aeronaves militares aos arredores de Taiwan, informaram as autoridades da ilha, depois que a presidente da pequena nação insular provocou a indignação de Pequim após uma reunião com o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.

Três navios de guerra navegaram em águas próximas a essa ilha de governo autônomo, ao mesmo tempo em que um avião de combate e um helicóptero antissubmarino entraram na zona de identificação de defesa aérea, informou o ministério taiwanês da Defesa.

Além disso, na quarta-feira, o porta-aviões chinês Shandong passou pelo sudeste da ilha, horas antes do encontro entre a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara americana, Kevin McCarthy, em Los Angeles.

Antes de deixar a cidade californiana para retornar a Taipé, a líder taiwanesa declarou que seu governo estava comprometido a assegurar “o estilo de vida livre e democrático” de seu povo. “Esperamos fazer o nosso melhor para manter a paz e a estabilidade”, acrescentou.

Pequim fez um alerta contra o encontro de Tsai com McCarthy, o segundo nome na linha de sucessão presidencial americana, e na quinta-feira anunciou que adotará “medidas firmes e eficazes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial”.

A China considera essa ilha de governo autônomo parte de seu território e afirma que pretende recuperar seu controle no futuro, inclusive pela força se considerar necessário.

Nos últimos anos, Pequim tentou isolar a ilha do cenário internacional e expressa grande irritação quando as autoridades taiwanesas mantêm contato com representantes de outros países.

Em agosto do ano passado, a visita a Taipé de Nancy Pelosi, antecessora de McCarthy como presidente da Câmara, resultou em manobras militares sem precedentes do Exército chinês ao redor da ilha.

Para evitar um episódio similar, McCarthy optou por reunir-se com Tsai durante uma escala da governante nos Estados Unidos, o que, até o momento, provocou uma reação de menor intensidade em Pequim.

 

 

 

reuters

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