A Espanha vem sofrendo, nos últimos tempos, com sérios surtos de gripe aviária que levaram ao abate de cerca de 270.000 aves somente neste ano de 2022. De acordo com Úrsula Höfle, veterinária e médica especialista em doenças virais das aves de capoeira, esta é a pior vaga que o país enfrenta, o que também está a acontecer a nível mundial.
Ela concedeu entrevista à publicação espanhola Efeagro, que é uma agência especializada em matérias agroalimentares. Segundo as informações, foram declarados três novos surtos, quinta-feira em explorações de perus localizadas nas províncias de Sevilha e de Huelva, na região da Andaluzia, e na quarta-feira o maior surto foi confirmado, com mais de 133.000 galinhas a serem abatidas em Valladolid, em Castela e Leão.
Segundo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) portuguesa, a gripe aviária é uma doença vírica “extremamente contagiosa podendo causar elevada mortalidade nas aves afetadas”. Ocasionalmente, algumas estirpes de vírus da gripe aviária podem infetar outros animais, nomeadamente mamíferos, e também o ser humano.
“No entanto, para que tal aconteça é necessário que haja um contacto muito estreito entre as aves infetadas e as pessoas ou entre aves e outros animais”, precisa a DGAV, não havendo “nenhuma evidência epidemiológica” de que a gripe aviária possa ser transmitida aos seres humanos através do consumo de alimentos, nomeadamente de carne de aves de capoeira e ovos. Nos casos mais importantes, foram afetadas 100 galinhas, perus, patos e faisões em 14 de janeiro, num estabelecimento de Santa Margarida da Coutada.
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