A oferta restrita de barcaças levou a baixos volumes e taxas de barcaças de grãos que são 58% maiores do que no ano passado, de acordo com o Grain Transportation (GTR) do Departamento de Agricultura dos EUA. No acumulado do ano, os volumes descendentes de grãos no rio Mississippi atingiram 23,9 milhões de toneladas, 4% abaixo da média de cinco anos e 10% abaixo do mesmo período do ano anterior.
Até o início de setembro, 1.890 barcaças de grãos foram descarregadas em Nova Orleans, 39% a menos que a média de cinco anos. O USDA disse que as altas temperaturas no meio-oeste dos EUA neste verão e os baixos níveis dos rios levaram a restrições de calado e reboque. Além disso, a indústria de barcaças está lutando para contratar e manter trabalhadores.
As taxas de frete aumentaram desde o início de agosto, disse o USDA. Em 27 de setembro, a tarifa da barcaça de St. Louis para grãos de exportação era um recorde de 1.250% da tarifa (US$ 49,88 por tonelada), 95% acima da média de cinco anos e 58% acima do mesmo período do ano passado. A menos que a oferta de barcaças melhore, o aumento da demanda por barcaças de transportadores de grãos durante a colheita provavelmente pressionará ainda mais as taxas de barcaças, disse o USDA. O rio Mississippi é um importante canal de exportação de milho e soja dos EUA, respondendo por mais da metade dos embarques destinados ao mercado global.
Tempos de espera e congestionamento podem aumentar significativamente o custo das commodities agrícolas dos EUA, resultando em aumento dos preços de exportação e diminuição dos preços pagos aos agricultores, de acordo com um estudo do Texas A&M Transportation Institute.
Os custos de atraso representam de 12% a 58% do custo total de transporte de commodities e produtos relacionados. O custo de atraso é a soma do congestionamento (custo gerado pelo tráfego adicional ao longo da rota) e dos custos de espera (custo incorrido durante a espera pelo carregamento em diferentes estágios da cadeia de suprimentos).
GTR