Maduro prende 1.200 pessoas após protestos e promete enviar para prisões de segurança máxima

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a prisão de mais de 1.200 pessoas após os protestos que tomaram conta do país desde as eleições de 28 de julho. Em um vídeo divulgado nesta quinta-feira (1º), Maduro afirmou que todos os detidos serão enviados para prisões de segurança máxima, como Tocorón e Tocuyito, e prometeu prender outras mil pessoas envolvidas nas manifestações.

As manifestações começaram após a oposição alegar fraude no processo eleitoral que declarou Maduro reeleito. A oposição, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, e a comunidade internacional questionaram a transparência do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A PUD (Partido Unido pela Democracia) afirma que González recebeu 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

Segundo ONGs locais, pelo menos 12 pessoas morreram durante os protestos. Em resposta ao impasse, a Suprema Corte da Venezuela convocou os dez candidatos à presidência, incluindo Maduro e González, para uma auditoria eleitoral que começará nesta sexta-feira (2). No entanto, a imparcialidade do processo é questionada, pois muitos dos integrantes da Suprema Corte foram indicados por Maduro e são alinhados a ele.

Maduro declarou que María Corina Machado e Edmundo González deveriam “estar atrás das grades” e que “a justiça chegará para eles”. González, por sua vez, declarou nas redes sociais que permanecerá firme ao lado do povo venezuelano, enquanto María Corina Machado escreveu em um artigo para o jornal “The Wall Street Journal” que está escondida e teme por sua vida.

A comunidade internacional, incluindo Brasil, Colômbia e México, pediu a divulgação das atas eleitorais e uma solução institucional para o impasse. O Secretário de Estado dos EUA também declarou que Edmundo González é o verdadeiro vencedor das eleições na Venezuela, aumentando a pressão sobre o governo de Maduro.

Em meio à crescente tensão, Maduro escreveu em uma publicação na rede social X: “Todos os criminosos fascistas vão para Tocorón e Tocuyito, para prisões de segurança máxima, para que paguem pelos seus crimes perante o povo”.

 

 

reuters

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