Em Carmelo Peralta, no Paraguai, a construção da ponte que conecta a cidade a Porto Murtinho, principal ligação para concretizar o Corredor Bioceânico, segue em ritmo acelerado.
Segundo informações do Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC), a implantação das 300 estacas está 65% concluída.
Pedro Martínez, engenheiro residente, explica que a obra é composta por três partes: dois viadutos de acesso nas duas margens do rio Paraguai, e a própria ponte estaiada, que terá 650 metros de extensão.
“Do lado paraguaio é onde se tem o maior avanço na parte das estacas (65%); depois há os cabeçotes que atingiram aproximadamente 50% de avanço, acrescentando que também está avançando na construção dos pilares da ponte, estimando sua conclusão em quatro meses”, afirmou.
As estacas citadas são cilindros de betão armado que servem de fundação à ponte a uma profundidade entre 33 e 43 metros que estão embutidos no maciço rochoso denominado xisto.
A nova ponte em Porto Murtinho será a terceira ligando o Brasil ao Paraguai. A primeira é a Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), enquanto a segunda é a Ponte da Integração, no mesmo município.
Rota Bioceânica
A Rota Bioceânica vai encurtar em 8 mil km a distância percorrida pelos produtos brasileiros rumo ao mercado asiático, integrando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. A ordem de serviço da ponte, que será implantada no km 1000 da Hidrovia do Paraguai e distante 7 km pelo rio ao norte de Porto Murtinho, foi dada no dia 13 de dezembro de 2021 pelo presidente paraguaio Mario Abdo Benitez, em ato na fronteira com a presença do governador Reinaldo Azambuja.
Na ocasião, o então governador Reinaldo Azambuja reforçou a importância da obra para a economia, cultura e turismo.
“A ponte tem um simbolismo muito forte ao garantir esse corredor ao Pacífico, que dará maior competitividade a Mato Grosso do Sul e a toda região Centro-Oeste, integrando definitivamente o bloco de quatro países não só economicamente, mas também na cultura e no turismo”, destaca o governador. “O Centro-Oeste exporta 68% de sua produção aos países asiáticos e a rota vai encurtar distâncias e reduzir o custo do frete em até 35%.”
ae