Neste último sábado, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, compartilhou em suas redes sociais o progresso das obras da Ponte Bioceânica. Esse projeto binacional pretende ligar Porto Murtinho, no Brasil, a Carmelo Peralta, no Paraguai, formando um elo direto entre o Brasil e os portos chilenos no Oceano Pacífico. A construção, parte da ambiciosa Rota Bioceânica, vai além de uma simples ligação; ela abre um corredor econômico entre os dois oceanos, potencializando o comércio exterior brasileiro.
Estrutura da estrada em construção, que servirá como acesso para a nova ponte sobre o rio Paraguai, em Porto Murtinho
“A Rota Bioceânica é mais que uma via; é um marco no fortalecimento econômico e cultural entre os países da América do Sul”, comentou Verruck, que ressaltou como a estrutura pode beneficiar diretamente o setor produtivo brasileiro ao oferecer uma nova rota de exportação. Segundo ele, a logística mais curta e eficiente pode reduzir custos, tornando os produtos brasileiros mais competitivos nos mercados asiáticos.
Avanços e metas ambiciosas
As obras da ponte, que já começaram no lado brasileiro, incluem uma alça de 13,1 km desde a BR-267 até o local da travessia. Sob o comando do consórcio PDC Fronteira, que reúne empresas como Construtora Caiapó e Paulitec Construções, a obra já está em fase de fundação, com estacas sendo fixadas ao solo. Orçado em R$ 472,4 milhões, o projeto é parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), com conclusão prevista para daqui a pouco mais de dois anos.
Terreno preparado com áreas demarcadas para a fundação da ponte. O projeto é visto como essencial para a logística entre Brasil e Chile.
Com 1.310 metros de extensão, a ponte será uma obra de engenharia impressionante. “O investimento vai além da construção, significa uma nova página para a infraestrutura de Mato Grosso do Sul, promovendo integração e desenvolvimento”, explicou Verruck. O projeto também inclui um centro aduaneiro no lado brasileiro, para abrigar órgãos como a Receita Federal e a Polícia Federal, garantindo um fluxo seguro e fiscalizado.
Equipamentos de construção e trabalhadores em ação no canteiro de obras da Rota Bioceânica, que se estende por vários quilômetros
Uma obra de peso para o futuro
O investimento total na ponte e na Rota Bioceânica ultrapassa R$ 1 bilhão, somando-se os recursos aportados pelo Brasil e pelo Paraguai, com participação decisiva da hidrelétrica de Itaipu. A ponte e sua infraestrutura de apoio não apenas abrem caminho para um novo corredor de exportação, mas colocam Porto Murtinho no mapa como porta de entrada para o mercado latino-americano, tornando Mato Grosso do Sul um ponto estratégico para a exportação de produtos brasileiros.
Vista aérea do rio Paraguai, onde a futura Ponte Bioceânica fará a travessia internacional entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta.
“A Rota Bioceânica é um projeto que une visão de futuro e desenvolvimento sustentável. Vai fortalecer nossa economia e reduzir o tempo e os custos para que nossos produtos cheguem ao Pacífico, criando um novo marco para o desenvolvimento econômico da América do Sul”, finalizou Verruck.
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