Terremoto no oriente médio é considerado o mais mortal em 84 anos

Angústia misturada com medo e ansiedade são os sentimentos presentes nos últimos dias no coração de quem vive no Brasil há mais de 50 anos, mas nasceu na Síria. O país, que desde a madrugada de segunda-feira (6) vive os horrores de um terremoto, abriga os parentes e amigos da dona de casa, moradora de Campo Grande, Rose Nakkud de 68 anos.

Acervo pessoal

Terremoto no oriente médio é considerado o mais mortal em 84 anos

Rose ao lado do marido padre Antônio Nakkud

 

Rose nasceu na cidade de Homs na Síria e veio para o Brasil após se casar aos 16 anos com o também Sírio, padre Antônio Nakkud. Juntos vieram para o Brasil e fundaram a igreja Ortodoxa São Jorge, localizada na 14 de julho, região central de Campo Grande. “Deixei o país muito nova. Na época já sofria com a guerra e agora mais esse desastre”, comenta Rose sobre o terremoto.

 

Considerado o mais mortal em 84 anos de história do Oriente médio, os tremores de magnitude 7,8 que atingiram a Síria na noite de domingo (5) e na madrugada de segunda-feira (6) também abalaram a Turquia. O número de mortos ultrapassa os 21 mil segundo autoridades.

A cidade onde a Rose nasceu e onde tem parentes morando também foi atingida pelo terremoto, mas por lá a magnitude foi branda causando poucos danos. “Assim que eu soube da situação eu liguei para meus familiares, fiquei desesperada. Na verdade, ainda estou com tudo isso”, revelou.

“Estamos destroçados com esse acontecimento”

Já na cidade de Alepo, uma das mais atingidas pelos tremores, a dona de casa tem amigos da igreja que morreram e outros que se machucaram. Ao lado do marido, comenta sobre as perdas de membros da igreja. “Estamos destroçados com esse acontecimento. Nosso arcebispo, que mora lá, se machucou, mas perdemos um padre, nosso amigo”, detalha.

Acervo pessoal

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A amiga Maral, na cidade Alepo antes do terremoto

Ela também tem uma amiga na cidade, a idosa de 68 anos Maral que mora sozinha num prédio que ficou cheio de rachaduras após o terremoto. A idosa teve ferimentos leves, todos os dias Rose mantém contato com ela para saber se está bem. A amiga envia fotos e detalha como está a situação caótica por lá.

A Rose fala que a Síria era um país lindo, de pessoas felizes, de paz e da democracia ela destaca que as pessoas se ajudavam, se reuniam nas mesquitas para participarem de oração, mas depois da guerra de Israel tudo mudou. Ela relembra que o país já estava arrasado por causa disso e que agora não sabe de onde seu povo vai tirar forças para recomeçar.

Acervo pessoal

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Fotos da destruição causada pelos tremores na cidade Alepo

“Me considero brasileira e tenho muito orgulho de estar aqui”

A dona de casa fala que a guerra é a coisa mais triste que existe e comenta que já presenciou vários conflitos que resultaram na morte de familiares, parentes e amigos. Ela elogia os brasileiros que estão ajudando a população Síria que vive no Brasil, ela considera o país como a sua segunda casa. “Me considero brasileira e tenho muito orgulho de estar aqui. Amo o povo brasileiro, é um país gostoso de viver”, frisa.

Todos os domingos são celebradas missas na igreja ortodoxa e neste, em especial, vai ser celebrada uma dedicada às vítimas do terremoto. Embora seja ortodoxa, Rose afirma que a igreja é aberta a todas as pessoas, quem quiser participar é só visitar a igreja no endereço abaixo.

Serviço:
Missa especial para às vítimas do terremoto
Local: Igreja Ortodoxa Siriana de São Jorge
Endereço: Rua 14 de Julho, 1060 – Centro
Telefone: (67) 3324-7937

Acervo pessoal

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Fotos da destruição causada pelos tremores na cidade Alepo

Acervo pessoal

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Fotos da destruição causada pelos tremores na cidade Alepo

Acervo pessoal

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Fotos da destruição causada pelos tremores na cidade Alepo

Acervo pessoal

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Fotos da destruição causada pelos tremores na cidade Alepo

Acervo pessoal

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Fotos da destruição causada pelos tremores na cidade Alepo

Acervo pessoal

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Fotos da destruição causada pelos tremores na cidade Alepo

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