Presidente municipal do MDB em Cuiabá, o advogado Francisco Faiad enxerga dificuldades para a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à presidência da República.
Segundo Faiad, a emedebista tem aparecido com baixa intenção de votos nas pesquisas de intenção de voto.
“É uma candidatura difícil de ser construída pelas pesquisas que estamos vendo nacionalmente. […] É uma candidatura difícil de carregar. Nós sabemos disso porque passamos por isso há 4 anos com a candidatura do [ex-ministro Henrique] Meireles a presidência”, disse.
“Há alguns, como o senador Renan Calheiros, que entendem que o número de deputados e senadores do MDB reduziu por conta da candidatura do Meireles”, completou.
A declaração de Faiad engrossa o coro de emedebistas em Mato Grosso que defendem a desistência da sigla em lançar a senadora ao Palácio do Planalto, como é o caso da deputada Janaina Riva.
A pré-candidata deverá visitar Cuiabá nos próximos dias para tentar viabilizar a candidatura, que deverá ser decidida nas convenções partidárias em julho.
Lula ou Bolsonaro?
Conforme Faiad, se o MDB não escolher lançar a congressista, o partido deverá deliberar sobre o apoio aos dois maiores pré-candidatos, segundo as pesquisas de intenção de voto: ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a do atual Jair Bolsonaro (PL).
“Nós temos hoje um MDB que, no Nordeste e Norte apoiam a abertamente a candidatura do Lula. Em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que apoiam Bolsonaro. Então MDB terá que decidir isso. A não ser que lá na frente, não tendo candidatura própria, libere também os seus dirigentes e candidatos para apoiar qualquer uma das duas candidaturas”, explicou.
Ocorre que, para o advogado, a melhor alternativa para o partido seria o apoio do Lula.
“Quando o [ex-presidente Michel] Temer foi vice da Dilma Rousseff fechou a questão, porque do MDB fazia parte da composição majoritária. Se o partido não lançar a Simone Tebet como candidata, não lançará ninguém na majoritária, nem na chapa do Lula, nem na do Bolsonaro”.
“Então, o MDB estaria liberado. Mas de antemão, pela leitura que temos, a sigla iria com o Lula”, completou.
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