Janela de troca partidária se aproxima e políticos do MS escutam suas bases para definições

Dezenas de políticos de Mato Grosso do Sul devem trocar de partido na abertura da janela partidária, em 3 de março de 2022.

Eles já articulam filiações e escolhem partidos. Os motivos vão desde brigas internas a falta de espaço nas legendas atuais, “seguir o presidente Jair Bolsonaro”, ou mesmo, a necessidade de fazer parte de uma sigla por estar sem partido.

Os candidatos devem escolher suas siglas até seis meses antes das eleições. A janela partidária vai até 1º de abril e serve para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato.

Da Assembleia Legislativa, ao menos sete parlamentares migram de partido.

Fusão do PSL e DEM

O deputado estadual Barbosinha (DEM) afirmou que tenta reeleição para terceiro mandato e que os afiliados do DEM avaliam definições do União Brasil, partido que será oficializado a partir da fusão com o PSL. Ele, assim como a ministra Tereza Cristina, cogita sair da legenda por conta da fusão, que tem por consequência novos comandos em MS.

“Primeiro eu preciso de ter as definições do TSE sobre a fusão e os rumos do partido no nosso Estado. Eu só vou definir a minha direção de permanecer ou não no partido, ouvindo a ministra Tereza Cristina, e juntos buscar o melhor caminho e melhor situação partidária. O nosso desejo é permanecer onde estamos, mas isso vai depender muito da definição do União Brasil no Estado”, disse Barbosinha.

A ministra Tereza Cristina, deputada federal licenciada pelo DEM, recebeu convites do Progressista e do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Ela deve definir se concorre ao Senado, como anunciado anteriormente. Apesar de as incertezas por conta do União Brasil, é provável a saída dela do partido.

O vereador de Campo Grande, professor Riverton (DEM), também destacou que “o homem público deve estar pronto para desafios”, mas que aguarda o resultado da fusão do DEM com o PSL. Ele não descarta mudança, caso não concorde com os rumos da sigla.

“Eu sou um homem de partido, mas o meu tem muitas incertezas. A gente não sabe sobre essa fusão, e se vai permanecer no partido. Estou pensando como vai ficar tudo e depois que resolver todas essas questões, posso pensar em disputa eleitoral para 2022.”

O vereador Silvio Pitu, do mesmo partido, também aguarda a questão da fusão.

Afinidade

O deputado Felipe Orro, que atualmente é do PSDB, sai da sigla, mas concorre ao mesmo cargo em 2022. Ele deve migrar para o PSD, partido da esposa Viviane Orro, por ter afinidades com a legenda. “Ainda não defini, mas venho conversando bastante com o PSD e tenho respeito e admiração pelo partido.”

Professor Rinaldo, do PSDB, vai concorrer a mais um mandato como deputado estadual. Ele provavelmente muda para o Podemos, partido que nos bastidores teve “auxílio” do deputado para crescer. “Eu só decido entre março e abril sobre a definição de partido”.

Espaço político

Em relação aos políticos de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, a deputada Rose Modesto confirmou a saída do PSDB. A expectativa é que ela siga no Podemos e dispute o governo. A deputada destacou que mantém respeito pelo ninho tucano, mas que a falta de espaço político para seguir seus sonhos é o principal motivo para a debandada. Ela cogita se candidatar ao governo e precisa de apoio do partido.

Lugar ideal

Alguns deputados já não consideram o partido que representam como um “lugar ideal” para concorrer a reeleição. O deputado Lucas de Lima, por exemplo, destaca que sai do Solidariedade, e que está escolhendo entre PDT, PTB e Podemos.

Neno Razuk, do PTB, também muda de casa para concorrer à reeleição após rusgas com o partido em Dourados. “Tenho preferência por partidos que apoiarem o pré-candidato a governo Eduardo Riedel.”

Jamilson Name (sem partido) disse que concorre à reeleição, mas que fecha com alguma sigla só nos próximos meses. “Ainda não analisei e vou esperar até o final de março para fazer essa filiação.”

Segue o presidente

Após a filiação do presidente Jair Bolsonaro, o PL de MS deve receber figuras políticas no time. Eles seguem Bolsonaro e já afirmaram a filiação. É o caso do deputado Coronel David (sem partido). “Sou candidato à reeleição”.

O deputado Capitão Contar também vai sair do PSL rumo ao PL, onde ainda não confirma se vai à reeleição ou se tenta novo cargo.

Briga

Outro que sai do PSL é o deputado federal Loester Trutis (PSL), que protagonizou diversas brigas com integrantes do partido. Eleito na onda bolsonarista em 2018, ele afirma nas redes sociais que recebeu diversos convites de siglas da direita, mas não indica qual legenda se filia. Trutis disse na rede social que está disposto a concorrer ao governo, caso o partido que migrar dê apoio.

 

 

 

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