A marcha de prefeitos levou a Brasília, na semana passada, milhares de mandatários de todo o país. Na esteira do evento, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Simone Tebet e João Doria discursaram para a plateia política e foram aplaudidos. Lula foi o único a não participar do encontro, alegando problemas de agenda.
Num movimento paralelo, Gomes aproveitou a presença dos aliados na capital federal e reuniu quadros pedetistas para uma conversa sobre seu plano de governo.
Ao perceber que Simone Tebet não havia planejado algo semelhante — fez um evento menor para poucos emedebistas –, uma ala do MDB não economizou nas críticas aos condutores de sua pré-campanha.
“Se a Simone foi aplaudida de pé, reconhecida pelas lideranças municipalistas (na marcha), o que falta para concretizar o encontro com as lideranças municipalistas emedebistas? Que tal sair da arrogância e prepotência do seu silêncio e dialogar humildemente com todas e todos nós? Aguardamos seu modesto retorno”, escreveu um emedebista no grupo de WhatsApp do partido, que tem assessores da campanha de Simone, de Baleia Rossi, além de deputados federais, prefeitos como Ricardo Nunes, de SP, ex-senadores, ex-ministros e ex-governadores da sigla.
“A Simone está sendo omissa, que cobre de seus coordenadores (a organização do grande evento). É ela a candidata. Muito amadorismo ou falta de vontade de profissionalizar tudo. Se o pessoal não consegue tempo pra organizar isso, que delegue a função”, escreveu outro emedebista.
Diante das críticas, o único a defender Simone foi o ex-ministro Carlos Marun. A senadora tem mantido uma forte agenda de campanha pelo país. Apesar disso, convive com aliados que querem que o partido esteja com Lula ou com Jair Bolsonaro. Com informações da Revista Veja.