O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), ainda nutre esperança na aprovação da federação entre a cúpula nacional de seu partido com o PSB com forma de atrair para o seu palanque o médico e empresário Ricardo Ayache.
No entanto, partido do médico discute essa união com o PT do ex-presidente Lula e outras legendas.
No sábado, durante encontro estadual do PSB, ocorrido na Câmara de Vereadores de Campo Grande, Marquinhos voltou a insistir em ter Ayache como companheiro na chapa majoritária pela qual deve disputar o governo de Mato Grosso do Sul, num confronto considerado acirrado com várias peças já postas no tabuleiro político local.
Além do prefeito da Capital, desejam suceder o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em janeiro de 2023 o seu secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), o ex-governador André Puccinelli (MDB), a deputada federal Rose Modesto (União Brasil), entre outros nomes que queiram se aventurar nesse confronto de gigantes.
“Ayache é um nome que entende de saúde pública, eu vi a necessidade de um gestor técnico preparado experiente de serviços prestados na área da saúde”, disse o pré-candidato do PSD ao Parque dos Poderes, ao reafirmar seu convite, condicionando isso a proposta de federalização entre os dois grupos políticos.
Ao contrário da coligação, que acaba logo após a disputa eleitoral de cada ano, a federação partidária permite que dois ou mais partidos políticos se unam não somente nas eleições, mas também durante a legislatura. Isto é, a união dos partidos irá ocorrer no período que vai desde o período eleitoral, quando os candidatos vão concorrer a um cargo político, até o fim dos quatro anos do mandato, caso sejam eleitos.
Entretanto, esse encaminhamento está sendo discutido entre PT, PSB, PCdoB e PV, que recentemente voltaram a se reunir para discutir as eleições de 2022 e a ainda possível federação partidária a ser formada entre as legendas.
Participam do encontro os presidentes Gleisi Hoffmann (PT), Carlos Siqueira (PSB), José Luiz Penna (PV) e Luciana Santos (PCdoB).
Na semana passada, em entrevista para a rádio Itatiaia, em Belo Horizonte, Lula mencionou sobre a federação do PT com outros partidos para as eleições 2022.
Lula falou sobre a aliança com PV, PCdoB e que ainda espera conseguir fechar uma federação com o PSB, partido ao qual Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, se filiou para ser vice em sua chapa.
“O fato de o PT ter feito federação com o PV e PCdoB é uma coisa muito importante. Eu ainda trabalho com a ideia que o PSB possa entrar nessa federação. Se não entrar nessa federação nós vamos fazer uma coligação e vamos estar juntos na campanha de 2022. Esses são os fatos políticos”, sugeriu o petista.
O primeiro turno da eleição de 2022 está marcado para acontecer no primeiro domingo de outubro, dia 2. E, caso seja necessário, o segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês.
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