A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro seguiu tendência de alta que já vinha apresentando neste ano, chegando ao patamar recorde de 53% em setembro, apontou pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira.
De acordo com a sondagem, a parcela dos entrevistados que o avaliou como ruim ou péssimo oscilou dentro da margem de erro dos 51% verificados em julho para os 53% de agora. Esse é o pior índice já registrado em seu mandato. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Aqueles que avaliam o presidente como bom ou ótimo também oscilaram dentro da margem de erro para 22%. Em julho, eram 24%. O nível dos que o consideram regular ficou estável em 24%.
Realizado entre os dias 13 e 15 de setembro, o levantamento já captou a percepção da população sobre os atos convocados por Bolsonaro para o 7 de Setembro.
Mas não foi verificado impacto perceptível no apoio ao presidente de sua base mais fiel por conta da nota divulgada por ele dias após as manifestações, lida por alguns como uma tentativa de apaziguar os ânimos. Nas redes sociais, Bolsonaro sofreu críticas de aliados mais radicais pelo movimento, encarado como um recuo, principalmente se comparado aos discursos do 7 de Setembro, em que chegou a dizer que não cumpriria decisões judiciais.
As manifestações populares ocorridos na sequência, no dia 12 de setembro, dessa vez de setores mais ao centro, contra o presidente, também não provocaram movimento significativo na pesquisa.
O Datafolha entrevistou presencialmente 3.667 pessoas acima de 16 anos, em 190 municípios.
reuters