A renúncia de Ulisses Rocha à presidência do diretório municipal do MDB em Campo Grande, para assumir o cargo de secretário-adjunto na Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais (Segov), desencadeou um terremoto político dentro do partido na capital sul-mato-grossense.
Sua decisão de abandonar o MDB em prol de uma posição na administração da prefeita Adriane Lopes, do PP, evidenciou não apenas uma mudança pessoal, mas também ressaltou as fissuras internas no partido e representou um revés significativo para os planos políticos do ex-governador André Puccinelli.
Rocha, que era visto como um aliado próximo de Puccinelli dentro do MDB, precisou do apoio do ex-governador para garantir sua reeleição como presidente municipal do partido. No entanto, sua partida repentina para o PP, partido adversário de Puccinelli, foi percebida como uma traição e lançou dúvidas sobre a estabilidade interna do MDB em Campo Grande.
A saída de Rocha também tem implicações eleitorais, especialmente no contexto das próximas eleições municipais. Sua deserção do MDB e sua associação com o PP, aliado da atual prefeita, indicam uma mudança nas dinâmicas políticas locais e podem afetar o desempenho do MDB nas urnas.
Além disso, a decisão de Rocha reflete uma tendência de ex-membros do MDB de Campo Grande buscarem novos rumos políticos fora do partido. Essa mudança de lealdade política tem sido observada em outros líderes políticos na região, como Reinaldo Azambuja, Simone Tebet e Marquinhos Trad.
Ao comentar sobre sua saída do MDB, Rocha afirmou que a decisão foi tomada após longas deliberações e que ele está ansioso para contribuir com o projeto político de Tereza Cristina em Campo Grande. Sua decisão, no entanto, deixou Puccinelli e outros líderes do MDB surpresos e preocupados com o futuro do partido na capital.
px