A senadora e pré-candidata à Presidência da República e o ex-ministro e cacique emedebista, Carlos Marun, não acreditam na federação com o PSDB, já que tanto o MDB, quanto os tucanos, têm candidaturas próprias e tentam se viabilizar como a tal chamada terceira via.
Ambos também afirmaram que uma possível aliança é mais provável com o União Brasil, do presidente Luciano Bivar, pois a legenda não tem candidato ao posto, mas tem interesse nas eleições estaduais.
“O que temos pré-acordado seria uma possível federação ou apoio do União Brasil, pois eles não tem candidato à Presidência e, consequentemente, iriamos trabalhar em cima da minha pré-candidatura. No entanto, o PSDB sugeriu a federação e zerarmos as candidaturas, mas em alguns palanques regionais temos dificuldade em compor essa junção. O diálogo existe e deve existir, porém não foi cogitado em nenhuma momento tirarmos a nossa candidatura”, revelou Simone.
A senadora cita o fato de um dos partidos dispor de suas candidaturas, mas se o fato da federação se consumir, tanto a parlamentar, quanto o tucano João Dória, teria que ceder e descartar seu desejo de disputar o Planalto.
A federação partidária, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é a integração de dois ou mais partidos políticos com afinidade programática após se unirem para atuar como uma só legenda por, no mínimo, quatro anos.
A união entre as agremiações têm abrangência nacional e funciona como um teste para uma eventual fusão ou incorporação envolvendo as legendas que fizerem parte da federação.
Na prática, segue o TSE, a federação opera como uma só legenda e, por esse motivo, está submetida às mesmas regras aplicadas aos partidos políticos. Ou seja, tem direito de lançar apenas um candidato aos Executivos Federal e Estadual.
Carlos Marun, importante figura na articulação política emedebista – principalmente durante o governo Temer -, tem a mesma visão da senadora. Para ele, uma junção entre o MDB e PSDB é bem pouco provável.
“O que existe realmente é uma junção com o União Brasil. Existe a notícia dessa megafederação, unindo nosso partido, os tucanos e o União. Porém, como estou dentro dessas negociações, eu acho essa possibilidade praticamente descartada”, enfatizou Marun.
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