A senadora Simone Tebet (MDB) afirmou nesta segunda-feira (16) que será candidata à Presidência caso seu nome seja apontado como a melhor opção da chamada terceira via por pesquisas encomendadas pelo MDB, PSDB e Cidadania, mesmo se o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) não aceitar o processo de escolha, informa a CNN Brasil.
“Com ou sem frente democrática, se meu nome for escolhido e outros resolverem não aceitar as regras do jogo e tentarem judicializar, é um direito que lhes assiste. Eu continuo. Estou pronta para falar ao Brasil”, disse durante um ciclo de debates com pré-candidatos à Presidência organizado pela Associação Comercial de São Paulo.
Os três partidos encomendaram pesquisas para escolher um candidato único. Como revelou a analista da CNN Basília Rodrigues, foram ouvidas 2.000 pessoas, de maneira presencial, em 23 estados, no sábado (14) e no domingo (15). A divulgação do resultado estava prevista para a quarta-feira (18), mas Tebet sugeriu que isso poderia ocorrer já na terça-feira (17).
Vencedor das prévias internas do PSDB ainda em 2021, mas sem decolar nas pesquisas de intenção de voto, Doria tem classificado de “golpe” o método de escolha do grupo. Integrantes de seu próprio partido dizem considerar que sua candidatura é inviável, devido às altas taxas de rejeição ao seu nome.
Tebet disse estar pronta para respeitar o processo. “Amanhã o centro democrático vai decidir quem é o candidato ou candidata desse centro. Estou pronta para aceitar o resultado. Eu aceitei as regras do jogo. Deixei ao presidente do meu partido o poder de decidir. Não sei o que está sendo feito, não conheço a pesquisa, não sei os critérios dela e não me interessa. Eu faço parte desse time”, disse.
A senadora afirmou que estará no palanque dos partidos de centro democrático de “qualquer forma”, mesmo se não for candidata à Presidência. “Estou no banco de reservas, posso jogar como artilheira, como centroavante, na defesa ou no gol. Vou estar no palanque do centro democrático por convicção de que a polarização ideológica está levando o país para o abismo”, afirmou.
Ela disse que aceitaria defender a candidatura da terceira via “carregando bandeira ou entregando santinho”, como fez aos 14 anos durante as lutas pelas Diretas Já.
Sobre as dificuldades de união entre as siglas de centro, Tebet afirmou que os partidos poderão estar unidos em algum momento durante as eleições, mesmo que comecem separados. Ela afirmou ser contrária à política de coalizão que vem marcando a relação entre o Executivo e o Legislativo no Brasil, por ser usada para “cooptar consciências”. Ela defendeu uma nova relação, que chamou de “política de conciliação”.
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