Tendo ganho destaque nacional durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a senadora Simone Tebet (MDB) assumiu que, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volte ao cargo, isso significará “a unificação e a pacificação do Brasil”.
Ela lembrou o período como prefeita em Mato Grosso do Sul e sua oposição ao então presidente, que agora concorre ao cargo de chefe do Executivo com Jair Bolsonaro (PL).
Terceira colocada na corrida presidencial, Simone acumulou quase 5 milhões de votos, mais de um ponto percentual à frente do adversário que ficou na quarta posição, Ciro Gomes (PDT).
Mesmo fora do segundo turno e antes mesmo de definir um posicionamento, sobre quem iria apoiar para a decisão do próximo dia 30, Tebet já apontava ter um lado para figurar como aliada.
Conforme a três-lagoense, sua posição se deve ao fato de que precisa “ser justa” com Lula, uma vez que ele teria governado por dois mandatos, no período em que ela respondia como Prefeita do município.
“Eu era oposição ao presidente Lula e nós levamos para lá a maior fábrica de celulose do mundo, e todos os incentivos fiscais foram dados pelo governo federal”, comenta a senadora em material publicado pela campanha do candidato petista.
Ela salientou a posição de Mato Grosso do Sul, como adversário de Luíz Inácio enquanto Lula era presidente, mas que, ainda assim, “ele nunca fechou as portas do Mato Grosso do Sul”.
“Nunca fecharia as portas para o Brasil. Minas Gerais é a síntese do Brasil. Eu tenho críticas ao presidente Lula, ele sabe disso, nós conversamos sobre. Ele também deve ter críticas sobre mim e está tudo certo”, afirmou a sul-mato-grossense.
Inclusive, para ela, Lula sairá vencedor no segundo turno, e precisará “reconstruir o País”.
Especulações de cargo
Num primeiro momento após a votação em 02 de outubro, o candidato do PT despistou – durante entrevista coletiva – uma possível futura participação de Simone Tebet em algum ministério.
Quando questionado por jornalistas em Belo Horizonte, no dia 09 deste mês, Lula se resumiu a dizer que não pode “montar governo sem ganhar eleição”.
Depois da decisão do partido, Simone veio à público e anunciou o apoio à campanha de Lula.
Em seguida, a própria três-lagoense resolveu ir até as redes sociais desmentir um boato, após circular pelos corredores de Brasília – no último dia 20 -, que o partido de Lula estaria reservando o Ministério da Agricultura para Tebet.
“Quero deixar uma coisa muito clara: ninguém fala por mim. Nunca tratei desse assunto com o PT. Nunca falei com o presidente Lula sobre isso. Não estou nessa luta por cargo, estou pela democracia e pelo futuro dos nosso filhos”, afirmou a senadora na oportunidade.
ce