Autoridades da OMS alertam para os riscos ainda evidentes da pandemia da covid-19

Duas autoridades da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertaram, durante evento nesta segunda-feira, 5, para os riscos ainda evidentes da pandemia da covid-19. Em sessão virtual de perguntas e respostas, a entidade avaliou haver agora certa estabilização no número de casos da doença nas últimas semanas, “mas em nível elevado”, segundo o diretor executivo da OMS, Michael Ryan.

A OMS afirmou que na última semana houve queda nos casos de covid-19 nas Américas, de acordo com a líder técnica da entidade para lidar com esse vírus, Maria Van Kerkhove. Houve, por outro lado, aumento no número de registros da doença em todas as outras regiões, inclusive na Europa, alertou. Kerkhove também reportou uma queda no número de mortos na última semana, “mas em um quadro bem desigual” pelo mundo.

Kerkhove disse que não é preciso lançar mão de um lockdown total para conter a covid-19, mas seguir da melhor maneira possível as medidas já sabidas, como uso de máscaras, distanciamento social, monitoramento de contatos das pessoas que contraíram a doença, lavagem das mãos.

Ryan afirmou que a vacinação, no quadro atual, “não é uma opção para controlar transmissões” para muitos países, já que ainda há dificuldades para avançar nessa frente em boa parte do mundo. A OMS voltou a cobrar que os países ricos distribuam mais vacinas para outras nações, para ajudar conter o quadro.

Viagens

A OMS também alertou para o que considera ser uma reabertura para viagens “rápido demais”, no quadro atual da pandemia pelo mundo. Michael Ryan disse que pode ser seguro fazer algumas viagens mais curtas, a depender do quadro nas localidades envolvidas, mas pediu que as pessoas avaliem os riscos envolvidos e façam esses trajetos apenas se isso for considerado de fato seguro – e se for necessário.

Maria Van Kerkhove, alertou para a existência de variantes mais contagiosas, como a delta. Segundo ela, o vírus continua a evoluir, por isso é natural que apareçam adiante novas cepas, por isso a importância de se manter as medidas de controle dos contágios.

 

 

reuters

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