Caracol Indiano, da espécie Macrochlamys, apareceu em Mato Grosso do Sul e gerou alerta em pesquisadores paulistas. Isso, porquê é possível que esses seres sejam vetores de um verme que causa meningite em animais e humanos.
Segundo o G1, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista informaram que, até novembro deste ano, só havia registro em dois estados brasileiros (SP e PR). Agora, são 11, incluindo MS.
A espécie de caracol pode ter vindo da Índia, por meio de plantas e floricultura. Além da possibilidade de transmitir angiostrongilíase e meningite eosinofilica, os seres são nocivos para hortas, plantas e à agricultura.
Quem explicou sobre a presença dos caracóis foi a coordenadora da pesquisa e mestre em Biodiversidade, Larissa Teixeira, 25 anos.
A pesquisadora detalhou que após a divulgação da aparição dessa espécie no Brasil, pessoas de diversos estados passaram a enviar registros fotográficos.
‘’Inicialmente pensávamos que a invasão era apenas localizada no sul e no sudeste, mas estes novos registros nos deram uma boa dimensão do quão grave é a invasão’’, explicou Larissa ao G1.
O caracol indiano é do tamanho de uma moeda de um real. Ele tem hábitos noturnos e se diferencia das demais por ter a concha achatada e um chifre no final do pé.
Sobre a possibilidade de transmissão de doenças, Larissa Teixeira comentou:
“Recebemos relatos deste animal em contato com fezes de animais domésticos e associado a tubulações. Por isso, pode ser um potencial vetor do verme causador da angiostrongilíase e meningite eosinofilica. Especialistas na doença confirmaram a alta possibilidade”, disse a estudiosa.
Larissa acrescenta que há estudo em andamento para saber como fazer a contenção desses seres, já que eles são resistentes a boa parte dos métodos comuns.
‘’Estamos estudando algo que não faça mal ao solo, jardins e fauna nativa, e que seja de fácil execução”, conclui Teixeira.
g1