O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) realizou, na madrugada desta quinta-feira (13), a retirada de órgãos para transplante e beneficiou pacientes no Rio de Janeiro, Minas Gerais e até mesmo no Estado.
Foram captados dois rins, um fígado e córneas de um doador de 63 anos, natural de Campo Grande. Seu fígado foi enviado até o RJ, já seus rins foram levados para MG, enquanto as córneas permaneceram em território sul-mato-grossense.
O enfermeiro responsável pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), Douglas Herrera Nabuco, explicou que, apesar da vontade de alguém vivo doar seus órgãos, a palavra final fica com a família após a morte.
“Mesmo que em vida eu me declarar doador, na hora da morte a família tem que autorizar. Nesse caso, os filhos autorizaram a doação e depois disso realizamos uma série de procedimentos até a captação”, explicou.
O diretor-geral do HRMS, Paulo Eduardo Limberger, também destacou a importância da doação de órgãos.
“A doação de órgãos é um gesto de amor e solidariedade que permite que indivíduos em situações de risco de vida tenham a chance de viver. Graças à generosidade do doador e à competência da equipe, os receptores agora têm a esperança de uma vida saudável e plena”, comentou.
Além da CIHDOTT, o processo também foi gerenciado pela Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul (CET/MS) e Organização de Procura de Órgãos (OPO).
Segundo a coordenadora do CET-MS, Claire Miozzo, todo o processo levou um total de 48 horas de trabalho ininterruptos.
“A CET-MS acompanhou todas as etapas desde a notificação da morte, exames, entrevista, transporte de material biológico, equipe e órgãos para o aeroporto onde embarcaram para o destino final que é o transplante”, afirmou.
Após a captação, realizada no Centro Cirúrgico do HRMS, os órgãos que deixariam MS foram levados ao Aeroporto Internacional de Campo Grande Ueze Elias Zahran.